Agrotóxicos estão em salsicha, mortadela e outros processados consumidos pelo brasileiro, diz pesquisa

Agrotóxicos estão em salsicha, mortadela e outros processados consumidos pelo brasileiro, diz pesquisa
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Agrotóxicos estão presentes em alimentos ultraprocessados consumidos pelos brasileiros, segundo pesquisa elaborada pelo Idec. (Imagem: Divulgação/Perdigão)

Os agrotóxicos estão mais presentes na mesa dos brasileiros.

Alimentos ultraprocessados como salsicha, mortadela, linguiça, hambúrguer bovino,  frango empanado (nuggets), requeijão, iogurte e até achocolatados tem a presença de agrotóxicos, segundo pesquisa elaborada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Foram analisadas 24 amostras de alimentos ultraprocessados feitos à base de carne e leite e foi constatado que 58% dessas amostras tinham resíduos de agrotóxicos na composição.

glifosato é o agrotóxico mais vendido no mundo. O herbicida é considerado como “provavelmente carcinogênico ou capaz de causar câncer”5, de acordo com a Iarc (Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer) da OMS (Organização Mundial da Saúde).

O glifosato e seu metabólito AMPA foram os compostos que mais apareceram nas amostras analisadas pelo Idec, cada um em nove dos 24 produtos avaliados.

Em três categorias de produtos de carne, como empanado de frango, hambúrguer de carne bovina e salsicha, todos os produtos analisados apresentaram resíduos de agrotóxicos.

No caso do requeijão, duas das três marcas averiguadas também demonstraram a presença de agrotóxicos nos produtos.

Entre as marcas que apresentaram presença de agrotóxicos nos alimentos processados estão Perdigão, da BRF (BRFS3), em produtos como mortadela, salsicha, hambúrguer bovino e frango empanado.

Sadia, também da BRF, teve presença de agrotóxicos confirmada em salsicha, hambúrguer bovino e frango empanado.

Já a Seara, que pertence à JBS (JBSS3), teve agrotóxico presente nos seguintes produtos: linguiça, mortadela, hambúrguer bovino e frango empanado.

Em posicionamento, a Seara informou que forneceu ao Idec em março respostas técnicas detalhadas sobre os itens supostamente encontrados em seus produtos. Porém, os esclarecimentos não foram contemplados no relatório.

Segundo a Seara, todos os produtos avaliados respeitam os parâmetros para itens alimentares regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A empresa afirma que mantém vigilância ativa de controle de matérias-primas de origem animal, vegetal e mineral. Também possui laboratório próprio dedicado a pesquisas de resíduos e contaminantes.

“Reforçamos o compromisso com a qualidade dos nossos produtos Seara, que é reconhecida mundialmente”, afirmou, em posicionamento divulgado na tarde desta sexta-feira (29).

As unidades da Seara têm processos rigorosos de controle e são submetidas a inspeções públicas, além de auditadas por clientes dos mercados interno e externo.

Análise

Os produtos selecionados pelo Idec foram enviados para análise em laboratório acreditado pela Cgcre (Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro), credenciado junto ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e utilizado pela Anvisa em testes de resíduos de agrotóxicos.

O instituto selecionou um dos testes mais abrangentes, com capacidade de detectar resíduos de até 653 agrotóxicos diferentes.

Money Times acionou a Anvisa para posicionamento sobre o assunto, mas até o fechamento dessa reportagem não obteve resposta.

A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) também foi procurada.

Fonte:    moneytimes.com.br


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