Grupo fatura R$ 10 mil por dia e preso tinha 58 chips em MT

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Investigados podem ser condenados até 30 anos de prisão

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, os sete homens presos em Cuiabá e Várzea Grande, durante a deflagração da Operação Camaleão, em Mato Grosso, adquiriam alguns dos dados das vítimas que tinham seus contatos “clonados” em fóruns que vendem estas informações, na chamada “Darkweb”. Segundo o órgão, um dos presos tinha em sua residência 58 chips de telefones já utilizados para a aplicação dos golpes.

A Operação Camaleão foi deflagrada nesta quarta-feira (6), pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 11ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte e da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e das polícias Civil e Militar de Mato Grosso. A ação cumpriu ordens judiciais de prisão preventiva e de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande contra integrantes de grupo criminoso especializado em aplicar golpes por meio do aplicativo Whatsapp.

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, em muitos casos, as vítimas acharam que houve algum hackeamento em seus celulares. Os bandidos, na verdade, conseguiam os dados através de programas de cruzamento de bases de dados, ou até mesmo comprando estes dados em fóruns ilícitos, na “Darkweb”.

Eles faturavam em média, segundo o órgão ministerial, aproximadamente R$ 10 mil por dia, praticando os golpes. Todos os presos serão encaminhados para Minas Gerais ainda nesta quarta-feira.

Eles responderão pelos crimes de Organização Criminosa, Falsa Identidade, Lavagem de Dinheiro e Estelionato Mediante Fraude Eletrônica, com penas que podem chegar aos 30 anos de prisão. Com eles, foram apreendidos celulares, chips de operadoras, pendrives, além de anotações referentes aos crimes.

O MP de Minas Gerais apontou que foram necessárias aproximadamente 10 mil horas de trabalho, em sete meses de investigação. A quadrilha era dividida em estruturas com divisões de funções. Um núcleo operacional obtinha os dados e habilitava os chips, além da prática da fraude com as vítimas.

Outro núcleo fornecia as contas bancárias, disponibilizando as chaves Pix para a prática dos crimes e posteriormente, a retirada do dinheiro. Foram identificadas vítimas no Amazonas, Pará, Tocantins, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Ao todo, foram presas preventivamente sete pessoas e cumpridos 14 mandados de busca e apreensão. Além disso, foi decretada a indisponibilidade de R$ 1,8 milhão em bens e ativos dos investigados, para fins de futuro ressarcimento às vítimas.

 

 

 

 

Fonte: www.folhamax.com


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