Juvam de Cáceres resgata onça pintada domesticada em fazenda da região

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Um chamado diferente alarmou o Juizado Volante Ambiental de Cáceres na tarde desta quarta-feira (2 de fevereiro). Os policiais ambientais da unidade foram chamados para resgatar Marruá, uma onça pintada que vivia com uma família em uma fazenda da região. O animal pesa 80 quilos, aparenta ter um ano e meio, apresenta boa saúde, é extremamente dócil e aceita carinho. Ela foi encaminhada para uma ONG no Estado de Goiás para acolhimento, despertar dos instintos e tentativa de reinserção em seu ambiente natural.
De acordo com o policial ambiental Mendes, por apresentar grande porte o animal já representava risco para as pessoas que moravam nas redondezas e, por conta disso, a Polícia Ambiental foi acionada. “Marruá possui grande porte e estava sendo criada por funcionários da fazenda nas redondezas de Cáceres. A onça foi encontrada ainda filhote sem a mãe, que morreu vítima das grandes queimadas no Pantanal, e eles adotaram o animal como se fosse doméstico, mas ela estava muito grande.”
Ainda segundo o policial, Marruá é tão dócil que dormia no sofá da sala, com ambiente refrigerado. “Constatamos que ela estava domesticada, não tivemos problemas para chegar perto dela e fazer carinho.” Ele explica ainda que o resgate contou com o apoio da Polícia Militar local, Secretaria Estadual de Meio Ambiente e da ONG Goiás, para onde ela foi enviada para ser tratada. Antes de ser retirada do local, ela foi adormecida.
A juíza responsável pelo Juizado Volante Ambiental de Cáceres, Hanae Yamamura de Oliveira, destaca que por mais que o casal estivesse tratando de Marruá e pensasse fazer o bem, os danos aos instintos selvagens foram grandes. “A onça não tinha sinal de maus-tratos, mas é proibido por lei criar animais selvagens. Por mais que eles a tenham resgatado e pensassem fazer o bem, tiraram dela o instinto de sobrevivência em seu habitat. Marruá foi enviada para uma Ong no Estado de Goiás para ser ensinada a viver na natureza, se é que isso será possível.”
A magistrada explica ainda que o melhor a fazer quando se encontra um animal doméstico é imediatamente resgatar e, em seguida, chamar as autoridades competentes. “Ela era uma onça de porte enorme e por isso foi percebida. Quantos passarinhos e outros animais passam pela mesma situação e acabam morrendo? É o ser humano interferindo na natureza.”
Quanto aos funcionários da fazenda, mesmo com boas intenções, serão tomadas as providências e medidas legais cabíveis.
Assista aos vídeos do resgate clicando nos links abaixo:
Keila Maressa
 TJMT

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