Vigia que delatou PMs é acusado de extorquir ex-vereador de Cuiabá

Vigia que delatou PMs é acusado de extorquir ex-vereador de Cuiabá
Compartilhar

MIsael Galvão teria confirmado a jornalista que foi extorquido por Riuiter Cândido para abafar denúncia de compra de votos

O homem que seria o informante da Polícia Militar e teria delatado um suposto esquema de execuções de criminosos, é apontado como suspeito em uma tentativa de extorsão ao ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Misael Galvão. Segundo a denúncia, feita nesta terça-feira no Programa do Pop, na TV Cidade Verde, Ruiter Candido teria procurado um repórter para poder divulgar imagens que seriam de um suposto flagrante de compra de votos.

A denúncia, feita pelo repórter Arthur Garcia, aponta que ele foi procurado por Ruiter, durante a campanha eleitoral para o pleito de 2020. O homem relatou que teria imagens que comprovariam uma suposta compra de votos por parte de assessores do ex-vereador Misael Galvão, que acabou derrotado naquele pleito. O jornalista apontou que ficou desconfiado e procurou o parlamentar, que confirmou a tentativa de extorsão.

Ruiter é apontado como o delator de um suposto esquema de execução de homens com passagens criminais que resultou na Operação Simulacrum, deflagrada na última quinta-feira (31). Foram cumpridos 115 mandados judiciais, sendo 81 de prisão e 34 de busca e apreensão, contra policiais militares.

A deflagração da operação foi determinada após um despacho da juíza Mônica Perri. Uma decisão do desembargador Sebastião Barbosa Farias, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), revogou as prisões de todos os policiais militares, apontando que as detenções não estavam amparadas legalmente.

A operação é resultado de Força Tarefa da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que investiga mortes ocorridas em confrontos com policiais militares, que supostamente estariam interligadas entre si e que seriam execuções sumárias. Segundo as investigações, o grupo de militares teria atuado na morte de 24 pessoas, em Cuiabá e Várzea Grande, além da tentativa de homicídio de, pelo menos, outras quatro.

A operação faz parte das investigações realizadas em seis inquéritos policiais, já em fase de conclusão, relativos a supostos “confrontos” ocorridos na Grande Cuiabá entre outubro de 2017 e outubro de 2020.

A PM, em nota, repudiou “exposições desnecessárias e abusivas de seus membros, que sequer tiveram direito de defesa e reafirma o compromisso de estar ao lado dos policiais militares garantindo suas prerrogativas em todas as ações legitimas cometidas em serviço e em defesa do cidadão; é imperioso informar que a prisão é medida excepcional, que os investigados são policiais militares com vínculo funcional, têm residência fixa e que nunca se furtaram a responder aos questionamentos da Justiça”.

 

 

 

 

Fonte: www.folhamax.com


Compartilhar
0 0
Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %