O animal ficou em Centro de Tratamento de Lucas do Rio Verde por quase quatro anos e agora foi para recinto na Transpantaneira
O laudo médico veterinário que autorizou o transporte até Poconé atesta que o animal apresentou desenvolvimento normal e perfeito estado de saúde, sem indicativos de patologia, má formação e ectoparasitas, o que a tornou apta para o transporte entre municípios e para a soltura.
A coordenadora do Cetas, Rose Spindler, explicou que o nome ‘Miga’ foi escolhido como um diminutivo de formiga, e destacou que a tamanduá sempre foi muito saudável. Em 2022, inclusive, ela foi doadora de sangue para um tamanduá atropelado que necessitava urgentemente de transfusão. Agora, após quatro anos vivendo no centro, o animal silvestre está apto a voltar à vida livre.
Rose também compartilhou alguns detalhes sobre os hábitos do tamanduá, como o gosto por se refrescar na água e seu temperamento bravo durante as refeições. A alimentação diária do animal silvestre no Cetas incluía frutas como banana, maçã e mamão, vegetais, ração, leite, gemas de ovo, suplementos e vitaminas.
A analista de meio ambiente e médica veterinária, Danny Moraes, que acompanhou o tamanduá até a Transpantaneira, explicou o processo de aclimatação necessário para a sobrevivência do animal silvestre na vida selvagem. Por ter recebido abrigo e alimentação durante anos de cativeiro, o tamanduá poderá aperfeiçoar sua capacidade de buscar cupins e formigas, além de encontrar abrigo seguro.
“Aclimatar animais silvestres mantidos em cativeiro por certo perigo é fundamental para a sobrevivência com qualidade ao animal. Por ter recebido abrigo e alimentação nesses anos de cativeiro, a Miga vai aperfeiçoar a capacidade de buscar cupins e formigas, além de buscar abrigo seguro”, destacou.
Para o processo de aclimatação, o tamanduá ficará em um recinto da Organização Não Governamental Ampara Silvestre na Transpantaneira. Esse recinto é uma área grande e telada.
Veja AQUI o vídeo de Miga filhote e AQUI dela no recinto da Ampara.