Senadora ironiza articulações de Emanuelzinho para ‘salvar Santa Casa’ e cita abandono na gestão Pinheiro

Senadora ironiza articulações de Emanuelzinho para ‘salvar Santa Casa’ e cita abandono na gestão Pinheiro
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A senadora Margareth Buzetti (PSD) atribuiu as tentativas de articulações do deputado federal Emanuelzinho (MDB) junto ao governo federal para administrar o Hospital Estadual Santa Casa – que deve ser encerrado em setembro pelo governo estadual -, como hipocrisia ao relembrar que durante a gestão municipal de seu pai, Emanuel Pinheiro (MDB), a unidade fechou as portas por falta de repasses do município.

Em um vídeo gravado para suas redes sociais, Buzetti sai em defesa do encerramento da unidade, alegando que o Hospital Central, inaugurado até o fim do ano pelo estado, abrigará muitos serviços ofertados, com exceção da oncologia. Para a senadora, o governo deu ‘sobrevida’ ao longo dos seis anos em que tocou a unidade, após o colapso do hospital em 2019m por falta de repasses, quando ainda era tocada pela instituição filantrópica Santa Casa, com auxílio do governo estadual, federal e a Prefeitura de Cuiabá.

“É falta de vergonha ou é falta de memória? A Santa Casa fechou em 2019 por quatro meses. Mais de 600 pacientes ficaram sem atendimento. 800 funcionários chegaram a ficar oito meses sem salário. A gota d’água foi quando a prefeitura da época, na gestão do senhor Emanuel Pinheiro, deixou de repassar quase 4 milhões obrigatórios. O resultado? Colapso. O Estado assumiu a gestão, reformou e reabriu o hospital. Nos últimos seis anos, o Estado conseguiu dar uma sobrevida à Santa Casa”, disse a senadora.

Conforme a senadora, não faz mais sentido tentar tocar a instituição já que possui uma dívida superior a R$ 118 milhões, acumulando processos trabalhistas e lembra que a mesma teve seu imóvel tomado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para pagamento de dívidas.

“A dívida do hospital, somando tudo, passava de 118 milhões de reais. A instituição bicentenária já respirava com a ajuda de aparelhos. Agora o prédio vai a leilão. Ele pertence à massa falida, não ao Estado. Mesmo assim, tem gente querendo que o Estado continue pagando. Aí eu pergunto, faz mais sentido transferir os atendimentos para um hospital novinho, com gestão eficiente ou empurrando o problema com a barriga?”, questiona.

Otimista, a senadora acredita que o Hospital Central dará conta dos demais atendimentos e entende que o melhor caminho é fechar as portas.

“O mais importante nessa história é que ninguém vai ficar sem atendimento. O novo hospital central vai absorver 70% dos atendimentos, dos serviços, e o restante será redistribuído na rede estadual. O contrário de entregar a Santa Casa é seguir gastando milhões num prédio que nem é do Estado e empurrar mais um custo para o governo, que está prestes a inaugurar o maior hospital da história de Mato Grosso”, finaliza.

Negociações de Emanuelzinho

Na semana passada, o deputado Emanuelzinho anunciou que levou o problema do hospital ao Ministério da Saúde, sob comando de Alexandre Padilha, quem demonstrou interesse em tocar a administração por meio do governo federal.
No entanto, as negociações foram travadas porque, segundo ele, o governo se negou a passar informações sobre o custo mensal com a unidade.

 

 

 

Fonte: www.gazetadigital.com.br


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