Pesquisa mostra que, em 2024, a proporção de moradias com coleta direta de lixo chegou 97% dos lares localizados na área urbana
Em 2024, a coleta direta de lixo por serviço de limpeza chegou a 89% dos mais de 1,3 milhão de domicílios em Mato Grosso, um crescimento de 5,9 pontos percentuais na cobertura desde 2016, quando era de 83,1%.
Apesar do avanço, a queima do resíduo é o destino em quase 7% das moradias localizadas nas 142 cidades mato-grossenses.
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É o que apontam dados do módulo “Características Gerais dos Domicílios e Moradores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados na sexta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa é a primeira divulgação anual após a reponderação dos dados com base no Censo 2022.
Conforme o levantamento, levando-se em consideração apenas a zona rural, a proporção de moradias com recolhimento direto do lixo chega a 10,6% (13 mil) dentre 123 mil unidades, enquanto está disponível para 1,1 milhão ou 97% dos 1,2 milhão de lares localizados no perímetro urbano.
São mais 3,3 milhões de moradores abrangidos pelo serviço.
No país, a coleta direta alcançou 86,9% dos 77,3 milhões de domicílios no ano passado. Em 2016, era de 82,7%.
Já nas áreas rurais, o percentual chega a apenas 33,1% dos 8,9 milhões de unidades nessas localidades, enquanto está disponível em 93,9% dos 68,5 milhões de imóveis urbanos.
Ainda em nível estadual, em 2,7% do total de domicílios, a retirada é feita por meio de caçambas, abrangendo 100 mil pessoas.
Já a queima ocorre em 6,7% das propriedades, percentual que corresponde a 89 mil unidades (4 mil na zona urbana e, 85 mil na rural), com 255 mil indivíduos.
Destes, 244 mil residentes em propriedades rurais e 11 mil em imóveis urbanos.
Em Cuiabá, a coleta direta chega a 233 mil (95,4%) do total de 244 mil lares.
Já seis mil (2,3%) contam com o serviço de caçambas; e a queima ocorre em 1,3% das unidades, entre outros fins.
“Apesar do aumento gradativo na coleta direta de lixo nos últimos anos, cerca de 4,7 milhões de domicílios (6,1%) ainda queimavam lixo na própria moradia em 2024.
Nas áreas rurais, a queima de lixo ocorre em mais da metade (50,5%) das propriedades.
Nas zonas urbanas, essa proporção é de somente 0,4%”, aponta o IBGE.
Além disso, a prática de atear fogo em áreas urbanas configura crime ambiental, sujeito a sanções administrativas e penais.
Além de causar danos à natureza, as queimadas colocam em risco a saúde da população, a segurança de imóveis, vias públicas e vidas humanas.
Em alguns casos, a inalação de fumaça pode agravar quadros respiratórios e provocar acidentes em função da baixa visibilidade em vias urbanas.
Entre outras informações, o módulo divulgado nesta sexta-feira traz ainda dados em relação ao esgotamento sanitário e, aponta que apenas 9,4% dos domicílios rurais tinham escoamento do esgoto feito pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral em 2024, no país.
Essa proporção chega a 78,1% em áreas urbanas.
Também o número de imóveis alugados passou de 12,3 milhões, em 2016, para 17,8 milhões de domicílios em 2024, um aumento de 45,4%.
No mesmo período, houve uma contínua redução na proporção de lares próprios já pagos, de 66,8% para 61,6%, indicando uma concentração de riqueza.
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