“O pedido de vista é legítimo, direto de cada um. Mas espero que na próxima sessão isso seja levado a efeito”, avaliou o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Zuquim, diante de um novo pedido de vista para o projeto que trata reajuste aos servidores. Em pauta da sessão desta quarta-feira (5), a segunda votação sobre o aumento de 6,8% na remuneração dos funcionários do Judiciário foi adiada por pedido do deputado Doutor Eugênio.
Em tramitação há meses, o texto sofreu dois pedidos de vista, sendo aprovado em primeira votação apenas. O adiamento tem influência do governo do Estado, que alega ser inviável o aumento agora e cita o impacto a longo prazo.
Na expectativa da votação, servidores lotaram o plenário da Assembleia Legislativa (ALMT) e decretaram paralisação nesta quarta. Caso não haja avanço na aprovação do reajuste, a categoria fará greve por tempo indeterminado.
“Ao regimento prevê e nós temos que ceder a esse regimento. Faz parte das regras. Infelizmente, pode ter uma frustração, mas faz parte”, amenizou o presidente.
Na última semana, o magistrado já declarou que não irá recuar do projeto de aumento, pois este é um direito do servidor e, segundo ele, não impactará no orçamento do Executivo.
Sindicalista contesta
O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, afirma que o pedido atende a interesses do Estado, que o governador Mauro Mendes “não gosta de servidores”.
Ele classificou a postura do Executivo como “abuso de poder” e afirmou que os servidores não aceitarão manobras políticas que prejudiquem a categoria.
“Os trabalhadores do Judiciário não vão pagar a conta de interesses eleitorais. Se o governo continuar pressionando deputados e tentando impedir um direito constitucional dos servidores, vamos partir para a greve. A categoria está mobilizada, e o presidente da Assembleia precisa garantir que o Judiciário seja respeitado”, pontuou.
Fonte: www.gazetadigital.com.br