Manifestantes forçam entrada em área da ONU na COP30

Manifestantes forçam entrada em área da ONU na COP30
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Confira as últimas notícias sobre a COP30, que acontece na capital paraense de 10 a 21 de novembro.

Conferência é marcada por protestos que exigem maior participação social nas tratativas

O que você precisa saber

Confira as últimas notícias sobre a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontece na capital paraense de 10 a 21 de novembro. Entre 40 mil e 50 mil pessoas, incluindo chefes de Estado e de governo de quase 200 países, devem participar do evento para discutir medidas para uma maior proteção climática.

A adaptação às mudanças climáticas é um tema central em Belém. À medida que as economias, os ecossistemas e as comunidades começam a sofrer impactos climáticos mais frequentes e severos, há uma necessidade urgente de mitigar essas consequências.

Pular a seção Como o Acordo de Paris colocou o lobby dos combustíveis fósseis na defensiva
Como o Acordo de Paris colocou o lobby dos combustíveis fósseis na defensiva

Na década que se seguiu à assinatura do histórico Acordo de Paris sobre o clima, as grandes empresas de combustíveis fósseis lutaram arduamente para proteger seus negócios, investindo milhões em seus lobbies e apoiando políticos que levantam questionamentos em relação às mudanças climáticas – com algum sucesso.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a retirar o país do Acordo de Paris e reduziu o apoio às energias renováveis em favor do petróleo e do gás. Mudanças semelhantes surgem em outras partes, à medida que partidos céticos e negacionistas do clima ganham força.

Em todo o mundo corporativo, o entusiasmo por políticas empresariais que levem em conta aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) também esfriou em meio a reações políticas e mudanças nas prioridades do mercado. Nas conferências internacionais sobre o clima, a escala da presença do lobby das grandes empresas de petróleo e gás tem sido impressionante.

Mas, para alguns especialistas, a ferocidade dessa determinação em continuar extraindo e usando fontes de energia poluentes não é um sinal do fracasso do Acordo de Paris, mas sim de seu alcance. Quanto mais forte a resistência, mais ela sinaliza que o setor de combustíveis fósseis, dependente da queima de petróleo e gás para manter seu modelo de negócios, se sente ameaçado.

“O Acordo de Paris reduziria drasticamente seus lucros”, diz Blanchard. Seus esforços de lobby, acrescenta ele, são “evidência de sua posição defensiva”.

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Protesto no segundo dia da COP30 deixa seguranças feridos

Um protesto na área de credenciamento da COP30, em Belém, levou a um tumulto e deixou dois seguranças feridos nesta terça-feira (11/11).

Manifestantes carregando faixas e bandeiras tentaram entrar na Zona Azul da conferência, controlada pelas Nações Unidas, ocupando o saguão principal do local e entrando em confronto com seguranças. Uma barricada foi formada para impedir o avanço do grupo. Segundo relatos, mesas e portas foram quebradas na confusão.

A Zona Azul é onde ocorrem as negociações oficiais da COP e o acesso é restrito a chefes de Estado, observadores e às delegações dos países, e, por isso, tem aparato de segurança mais rígido.

Os ativistas participavam da Marcha Global Saúde e Clima, formada por profissionais da saúde, indígenas e movimentos sociais, mas se separaram do grupo principal.

Confronto deixou dois seguranças feridos

Após alguns minutos, os seguranças forçaram a saída dos manifestantes. Os participantes credenciados da COP tiveram que deixar o local, que foi isolado.

Em entrevistas à imprensa, manifestantes criticaram a falta de espaço para movimentos sociais nas negociações da COP. Já os organizadores da Marcha afirmaram que a passeata não tem relação com o episódio.

Em nota enviada à imprensa, a Secretaria das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) afirmou que autoridades brasileiras investigam o incidente e que o local está seguro. A agenda de negociações na Zona Azul segue conforme planejado.

Fonte:    www.dw.com.br


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