Prova de química do Enem foi “mais fácil” em 2025, diz professor

Prova de química do Enem foi “mais fácil” em 2025, diz professor
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Felipo Fogaccia, professor de química do Objetivo, avalia que prova retomou temas clássicos e reforçou o enfoque ambiental

A prova de química do segundo dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2025 apresentou nível médio e foi “mais fácil do que em outros anos”, embora tenha mantido a tradição de ser abrangente e distribuir questões por diferentes campos da disciplina.

Os comentários acima foram feitos pelo professor de química Felipo Fogaccia, do Objetivo, durante a live de correção da CNN Brasil, neste domingo (16).

Segundo Fogaccia, o desempenho dos estudantes dependeu da capacidade de identificar rapidamente as questões mais diretas. “Em vários itens, o aluno que soube ‘brincar com as alternativas’ conseguiu resolver problemas em pouco tempo.”

A questão 108, do caderno verde, foi citada como um exemplo de item “para levar para casa”. O enunciado abordava separação de misturas, tema que, segundo o professor, voltou a aparecer com mais força no exame.

“Ao mencionar um processo de purificação de água capaz de remover sais dissolvidos, o texto já conduzia para a identificação da destilação simples.”

Para Fogaccia, o estudante atento encontrava “a dica principal” ao notar que a água resultante é descrita como “carente de íons”, característica da água destilada. A alternativa correta era a letra D.

Interpretação

Na questão 92, também considerada de nível fácil, o tema foi meia-vida radioativa, envolvendo o isótopo cobalto-60. “A chave da resolução estava na interpretação de que o elemento perde sempre metade de sua massa a cada período de 5,3 anos.”

O cálculo sucessivo — dividido cinco vezes — levava ao valor final, indicado pela letra E, segundo Fogaccia. O professor disse que o Enem aceita aproximações e estimativas, o que reduz a complexidade dos números envolvidos.

A questão 121 trouxe um gráfico de energia de ativação e discutiu a ação de enzimas como catalisadores. Fogaccia afirmou que o aluno que reconhece o comportamento gráfico típico — com redução da energia necessária para iniciar a reação — identifica rapidamente a alternativa correta, a letra C.

Ele lembrou que a leitura de gráficos foi determinante não apenas em química, mas em toda a prova de Ciências da Natureza.

Carvão ativado

Em seguida, o professor analisou a questão 97, que tratava do uso de carvão ativado em processos de purificação da água. O item discutia o mecanismo de adsorção, diferenciado da absorção, e trouxe ilustrações sobre os tipos de poros presentes no material.

Fogaccia classificou a questão como média, por exigir que o aluno compreendesse o funcionamento do carvão ativado e sua aplicação no tratamento doméstico de água.

Para o professor, a prova manteve a característica histórica do Enem de associar conteúdo químico a situações ambientais, tecnológicas e do cotidiano, reforçando a importância de temas como filtração, radioatividade de uso médico e cinética das reações.

 

 

 

Fonte: www.cnnbrasil.com.br


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