Universidade sobe 25 posições no ISR 2026 e lidera o desempenho brasileiro
A USP (Universidade de São Paulo) alcançou a 32ª posição no ISR (Interdisciplinary Science Rankings) 2026, subindo 25 colocações em relação ao ano anterior. Com o resultado, tornou-se a universidade mais bem posicionada do Brasil e da América Latina e a única brasileira entre as 50 primeiras da lista.
O ranking é produzido pela THE (Times Higher Education) em parceria com a Schmidt Science Fellows e avalia a capacidade das instituições de promover pesquisa interdisciplinar — projetos que envolvem mais de uma área científica ou a combinação de ciências exatas com disciplinas das ciências sociais.
O Brasil tem 37 universidades listadas em 2026. Após a USP, aparecem Unesp (Universidade Estadual Paulista), em 86º lugar, Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em 144º, e UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), em 177º.
Entre as estrangeiras, o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) mantém a liderança pelo segundo ano seguido. Stanford, Caltech e Universidade da Califórnia–Berkeley completam as primeiras posições, enquanto a Universidade Tecnológica de Nanyang, de Singapura, ocupa o quinto lugar.
O levantamento está em sua segunda edição e ampliou o escopo para incluir colaborações entre ciências e áreas como educação, psicologia, direito, economia, saúde e ciências clínicas. Ao todo, 911 universidades de 94 países foram avaliadas — 22% a mais do que no ano anterior.
Metodologia
A metodologia reúne 11 métricas distribuídas em três eixos: Insumos (19%), Processo (16%) e Resultados (65%). O pilar de Resultados tem maior peso e engloba volume de publicações interdisciplinares, impacto medido por citações e reputação acadêmica.
Os dados combinam informações fornecidas pelas instituições e bibliometria baseada em 174,9 milhões de citações registradas entre 2020 e 2024. Para ser incluída, a universidade deve ter ao menos 100 artigos interdisciplinares no período e 50 pesquisadores atuantes nas áreas consideradas.
Segundo Fátima Nunes, coordenadora do Egida (Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico), o monitoramento sistemático das pesquisas tem sido decisivo para o resultado da USP.
“A coleta e organização de dados feita em conjunto com a pró-reitoria de pesquisa e inovação foi fundamental para o posicionamento da instituição e deverá continuar como prática permanente para orientar estratégias internas.”
Fonte: www.cnnbrasil.com.br