A Jornada Nacional de Inovação da Indústria, promovida pela CNI e pelo Sebrae, percorre o país para impulsionar a transição verde e digital
O Brasil ainda enfrenta o desafio de transformar seu potencial criativo em inovação estruturada. Segundo o Índice Global de Inovação 2025, o país ocupa a 52ª posição entre 139 economias e investe apenas 1,19% do PIB em pesquisa e desenvolvimento — metade da média mundial.
Para impulsionar a inovação nacional e contribuir para a construção de uma rede que potencialize a indústria verde e digital, surge a Jornada Nacional de Inovação da Indústria — iniciativa itinerante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Sebrae, que percorre o país desde julho de 2025 até março de 2026.
O projeto passa pelas cinco regiões do Brasil para mapear e conectar iniciativas de inovação com identidade regional, promovendo o diálogo entre indústrias, startups — especialmente as chamadas deep techs, que desenvolvem tecnologias baseadas em pesquisa científica e de alto impacto —, instituições de ciência e tecnologia (ICTs) e governos locais.
O objetivo énão só mapear o ecossistema nacional de inovação, como também identificar demandas do setor e consolidar propostas para impulsionar a transição ecológica e digital da indústria brasileira.
Inovação com sotaque brasileiro
Em cada parada da Jornada, a inovação ganha rostos e sotaques diferentes.
No Nordeste, surgem soluções em energia limpa e economia circular. Na Amazônia, tecnologias inspiradas na biodiversidade impulsionam a bioeconomia. No Sul e Sudeste, digitalização e automação avançam com o apoio de startups e institutos de pesquisa.
Mais do que reunir boas ideias, o projeto busca descentralizar o debate sobre inovação, levando-o para fora dos grandes centros e valorizando o potencial de cada território.
Um país conectado pelo conhecimento
A Jornada é, principalmente, um exercício de escuta. Em cada etapa, especialistas, empresários, pesquisadores e representantes do poder público compartilham experiências e constroem parcerias que unem ciência, mercado e sustentabilidade.
Os resultados do percurso — as inovações mapeadas e os desafios identificados — serão apresentados no 11º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, em março de 2026. A expectativa é consolidar uma rede nacional de mobilização entre oferta e demanda tecnológica, capaz de acelerar a transição verde e digital.
Resultados que começam a aparecer
Mesmo em andamento, a Jornada já mostra seus primeiros efeitos.
As etapas realizadas até aqui têm reunido centenas de empreendedores, pesquisadores e gestores públicos em torno de um mesmo propósito: fortalecer a inovação como eixo do desenvolvimento sustentável.
Nas regiões por onde passou, o projeto vem mapeando soluções com potencial real de aplicação industrial, como tecnologias para economia de energia, uso de biomateriais, digitalização de processos e reaproveitamento de resíduos. Cada encontro amplia a rede de cooperação entre empresas e centros de pesquisa, criando pontes entre desafios regionais e oportunidades de mercado.
O desafio da transição verde e digital
A transição ecológica e digital é hoje um dos principais vetores de competitividade global. No Brasil, o desafio está em garantir que essa transformação ocorra de forma inclusiva, regional e sustentável — conectando o país às novas fronteiras tecnológicas sem deixar ninguém para trás.
É nesse contexto que a CNI e o Sebrae atuam como articuladores: promovendo cooperação entre empresas, universidades, startups e governos, e incentivando políticas públicas de longo prazo que estimulem a inovação, a produtividade e a sustentabilidade.
Um movimento de futuro
Mais do que um roteiro de eventos, a Jornada é um movimento nacional pela inovação.
Ela revela talentos, une saberes e mostra que o futuro da indústria brasileira depende da capacidade de integrar conhecimento, tecnologia e sustentabilidade.
Ao longo do caminho, a mensagem é clara: a inovação não está concentrada em um único lugar — ela está espalhada pelo país, em cada ideia capaz de transformar a realidade. O futuro da indústria verde e digital começa agora — e ele nasce em cada canto do Brasil.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br