Jurado do “Dança dos Famosos 2025”, que chega ao fim neste domingo (7), Carlinhos de Jesus vem enfrentando uma grande batalha contra doença autoimune, que o levou à cadeira de rodas. O dançarino e coreógrafo chegou a fazer uso de morfina para conseguir dormir tamanha era sua dor.
Aos 72 anos, Carlinhos vem evoluindo na recuperação e já consegue ficar de pé, embora ainda sinta dores extremas tanto nos glúteos quanto nos quadris e não tenha movimento na perna direita. “Sou muito rebelde. Acho que é por isso que estou voltando a andar tão rápido. Estava me preparando para que isso não acontecesse”, admitiu ao jornal “Extra”.
“No início, isso me deixou muito para baixo. Sempre fui independente e, de repente, me vi precisando de ajuda o tempo inteiro”, acrescentou o profissional, que aderiu à infusão mensal de imunoglobulina, aliada a diversos exercícios (fisioterapia, hidroterapia e musculação).
Essa batalha de três anos contra a neuropatia radiculopatia desmielinizante crônica, é mais uma que Carlinhos enfrenta na vida pessoal. Em 2011, encarou a morte trágica do filho mais velho, Carlos Eduardo, o Dudu, aos 32 anos.
Na ocasião, o rapaz foi assassinado a oito tiros por um policial militar. O “motivo”? Ciúmes de uma mulher. “Enterrar um filho é totalmente contra a lógica. Ali eu me revoltei com muita coisa. Foi como se a vida tivesse acabado”, recordou. “(No dia do julgamento), fui ao banheiro e me deparei com aquela senhora (mãe do réu). Eu te pergunto: o cara deu os oito tiros, mas os pais dele têm culpa? Quem sou eu para mensurar qual dor é maior?”, questionou.
“Ela estava perdendo o filho dela também. Eu não me lembro mais o que falei, mas nos abraçamos. Ela estava fragilizada. Foi instintivo“, recordou, chorando, o pai de outros herdeiros (Wellington, Mauro, Marco e Tainah).
O assassinato ocorreu na madrugada de 19 de novembro quando Dudu, que era músico, deixou um bar de Realengo, Zona Norte do Rio, onde havia se apresentado. Após os disparos, nada foi roubado do filho de Carlinhos. Pai de um menino então com 8 anos, Dudu chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
O velório e sepultamento ocorreram no Cemitério São João Batista. O caixão foi coberto por uma bandeira da Mangueira e aproximadamente 200 pessoas acompanharam a despedida final.