MT: LUTO NO SANTUÁRIO: Cinco meses após chegar da Argentina, morre a elefanta Kenya

MT:  LUTO NO SANTUÁRIO:  Cinco meses após chegar da Argentina, morre a elefanta Kenya
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O animal enfrentava problemas de saúde nos últimos dias. E estava sob acompanhamento intensivo

O animal enfrentava problemas de saúde nos últimos dias, segundo nota do Santuário de Elefantes Brasil (SEB), em Chapada

Aos 44 anos, morreu na manhã desta terça-feira (16) a elefanta Kenya, que estava no Santuário de Elefantes Brasil (SEB), em Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte de Cuiabá).

O animal enfrentava problemas de saúde nos últimos dias. E estava sob acompanhamento intensivo da equipe veterinária e de tratadores.

Segundo nota do santuário, Kenya faleceu “de forma tranquila”, após passar a noite deitada, algo que não vinha conseguindo fazer nos dias anteriores.

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Na madrugada, ela permaneceu calma, com a respiração aparentemente mais leve, acompanhada de perto pela tratadora Michele e por Scott, que mantiveram vigília constante.

Na manhã seguinte, a elefanta apresentou mudanças na respiração e emitiu um suave som, descrito pela equipe como um “trombetear de filhote”, antes de morrer rapidamente.

Em nota, o SEB destacou o forte vínculo construído entre Kenya, a equipe do santuário e pessoas de diferentes partes do mundo que acompanharam sua trajetória.

“É raro que um elefante seja cercado por tanto amor”, afirmou a instituição, que também relatou o sentimento de vazio deixado pela perda de um dos animais mais marcantes já acolhidos pelo espaço.

Nos dias que antecederam a morte, o santuário havia informado uma aparente melhora no quadro clínico de Kenya.

Ela apresentava problemas nas articulações da pata dianteira direita, condição associada a décadas vivendo em cativeiro sobre superfícies compactas, além de alterações respiratórias.

Apesar das dificuldades, mantinha o apetite por frutas e vegetais, aceitava a medicação oferecida junto aos alimentos e demonstrava boa hidratação, inclusive ingerindo água, água de coco e bebidas isotônicas.

A equipe também relatou resposta positiva ao tratamento com antibióticos e analgésicos, além de colaboração durante procedimentos veterinários, algo considerado significativo devido ao histórico de resistência da elefanta a intervenções médicas no passado.

Exames de sangue realizados anteriormente estavam dentro do esperado para a idade dela, e novas avaliações estavam programadas.

O santuário informou que um exame de necrópsia será realizado na elefanta, ainda nesta terça-feira, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O resultado deve demorar meses para sair.

AMBIENTE – Kenya chegou ao Santuário de Elefantes Brasil em julho deste ano, após deixar o antigo Zoológico de Mendoza, na Argentina, onde viveu confinada por décadas, sem contato com outros elefantes e em condições consideradas inadequadas para o bem-estar da espécie.

No santuário, passou a vivenciar um ambiente mais próximo do natural e construiu, aos poucos, um vínculo especial com a elefanta Pupy.

Mesmo após anos vivendo sozinha, Kenya demonstrou sensibilidade ao reconhecer as necessidades de Pupy, formando uma relação que, segundo o SEB, levou tempo para se consolidar, mas se tornou profunda e significativa.

Pupy, no entanto, morreu em outubro, após seis meses no santuário, em decorrência de complicações de saúde.

O SEB informou que está em contato com uma universidade para a realização da necropsia de Kenya, que deve ocorrer ainda nesta terça-feira.

Os resultados devem levar alguns meses para serem concluídos e serão divulgados assim que estiverem disponíveis.

O local de descanso definitivo da elefanta será preparado ao lado de Pupy.

Com informações do site Primeira Página

Fonte:     www.diariodecuiaba.com.br


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