Três candidaturas de direita e uma de centro-esquerda movimentam o cenário político estadual visando à Eleição 2026. Vice-governador Otaviano Pivetta (Rebulicanos) e os senadores Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL) estão colocados na disputa embolando o cenário eleitoral pouco definido em Mato Grosso. A médica Natasha Slhessanreko (PSD), lançada pelo ministro Carlos Fávaro, conta inicialmente com o apoio do arco de aliança que dá sustentação ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Grupo liderado pelo governador Mauro Mendes (União), que apoia Pivetta, evitou nos últimos dias polemizar com Jayme, que entra em 2026 no último ano do seu mandato no Senado. Até pouco tempo, pretendia disputar a reeleição, porém, na última quinzena avisou que é pré-candidato ao Palácio Paiaguás. Diz ainda que a base do seu partido pede uma candidatura própria. Contudo, na prática, a maioria dos prefeitos da legenda está alinhado politicamente com o atual chefe do Palácio Paiaguás, que ultima os detalhes para renunciar ao governo e entrar na disputa para o Senado.
Partidos que estão na base de Mauro já declararam seguir com o governador na próxima eleição. Entre eles, estão o PP, PRD e Republicanos. Sem contar que parlamentares do MDB e do PSB têm simpatia ao grupo governista. Já o União, que tem como deputados Júlio Campos, Dilmar Dal Bosco, Eduardo Botelho e Sebastião Resende, a maioria tem uma tendência de seguir com o Mendes. Vale lembrar ainda o chefe do Executivo, além de presidir o partido no Estado, tem o controle da agremiação no Estado. E já avisou que não teme levar a disputa à convenção em meados do próximo ano.
Jayme, por sua vez, diz contar com o apoio do presidente do Senado e seu amigo pessoal, Davi Alcolumbre (União). Diante de um cenário embolado, há lideranças do PL, apesar do nome de Fagundes, que nutrem forte simpatia ao vice-governador. Segundo um bolsonarista, o aval declarado só não ocorre, neste momento, por conta de Wellington está bem viabilizado e melhor avaliado quando comparado com Pivetta.
Antes da prisão, interlocutores da extrema-direita chegaram a anunciar que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem inclinação em Mato Grosso pela candidatura de Pivetta, com Mauro Mendes e o deputado federal José Medeiros (PL) para as duas vagas ao Senado.
Diante da mudança da conjuntura, o PL agora só sob o comando do presidente Valdemar Costa Neto, Fagundes, que é amigo pessoal do dirigente nacional, ganhou força.
Centro-esquerda
Sem Fávaro e os deputados Lúdio Cabral e Valdir Barranco, os do PT, nomes com maior viabilidade no centro-esquerda, a candidatura da médica é considerada consolidada dentro do grupo adversário ao espectro de direita em Mato Grosso.