Ícone do cinema mundial, Brigitte Bardot teve sua morte revelada, aos 91 anos, neste domingo (28) pela fundação que leva o nome da atriz e cantora. Há pouco mais de dois meses, a artista havia passado por uma cirurgia às pressas em decorrência de doença grave.
Ainda não se sabe o que provocou a morte de Brigitte, tampouco há informações a respeito de velório e sepultamento. “Com imensa tristeza, a Fundação Brigitte Bardot anuncia a morte de sua fundadora e presidente, Madame Brigitte Bardot, atriz e cantora de renome mundial, que escolheu abandonar sua prestigiada carreira para dedicar sua vida e sua energia à defesa dos animais e à sua fundação”, afirmou nota oficial enviada à agência internacional.
Nascida na capital da França em 28 de setembro de 1934, Brigitte Bardot chegou ao cinema após ser modelo e bailarina formada pelo Conservatório Nacional de Música e Dança. O primeiro filme, “A Garota do Biquíni”, chegou às telas em 1952.
Quatro anos mais tarde, com “E Deus Criou a Mulher” alcançou o estrelato. Dirigida pelo então marido, Roger Vadim, Brigitte estrelou cenas sensuais e acabou vendo o filme censurado em Hollywood. Na sequência, o Vaticano rotulou a artista como “má influência” e padres de Nova York encabeçaram um boicote à famosa.
A estratégia não deu certo e a bilheteria de seus filmes, mais de 45 no total, só faziam aumentar. Além da extensa quantidade de trabalhos para o cinema, Brigitte, outra personalidade a falecer em 2025, gravou mais de 70 músicas.
Paralelamente, Brigitte seguia batendo de frente com o estilo conservador, criou uma pose que leva o seu sobrenome (olhar provocante, sentada e pernas cruzadas), além da roupa ombro a ombro. No Brasil, por onde passou nos anos 1960, a artista ficou quatro meses morando em Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
A atriz acabou por transformar a cidade em um badalado roteiro de turismo e foi homenageada, mais tarde, com uma estátua de bronze. A partir de 1973 trocou a carreira pelo ativismo em prol dos animais. Isso a fez quase se mudar para a Rússia depois que elefantes doentes tiveram tratamento negado por um zoológico de seu país natal.
Mais recentemente, o apoio a Marine Le Pen, candidata da direita, fez Brigitte ser alvo da opinião pública. E em 2004, acabou condenada por “incitação ao ódio racial” por conta de seu livro.
Mãe de Nicolas-Jacques, seu único filho e com quem ficou longo tempo afastada, Brigitte estava casada desde 1992 com Bernard d’Ormale. Antes, teve casamentos com Roger Vadim, Jacques Charrier e Gunter Sachs.