Ex-senador por Mato Grosso, o deputado estadual diplomado Júlio Campos (União) falou sobre a posição do senador reeleito Wellington Fagundes (PL) no próximo mandato. Júlio disse que Fagundes nunca foi “oposicionista a governo algum”, mas terá que seguir seu partido, que vai ser oposição, a não ser que pretenda deixar a sigla.
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Em entrevista recente, Wellington Fagundes disse que o PL não fará parte da base do Governo Federal, mas também não será oposição sem fundamento e sim uma “oposição inteligente”.
Wellington, por exemplo, votou a favor da PEC da Transição, que libera recursos para o próximo governo Lula. A PEC foi aprovada em dois turnos no Senado. Júlio ponderou que Wellington não tinha outra opção nesta votação.
“Essa PEC que foi votada recentemente, eu acho que é um fato que poucos políticos poderiam ser contra, porque realmente os compromissos, tanto que o Bolsonaro fez como que o Lula fez, são de que iria manter o Bolsa Família ou o Auxílio Brasil de R$ 600 por mês […] então teria que fazer alguma coisa para poder viabilizar esse compromisso de campanha”.
O deputado também avaliou que, durante sua carreira política em Brasília, Wellington nunca foi radical e teve uma boa relação, inclusive, com os governos anteriores de Lula e de Dilma Roussef. Além disso, em 2018, quando disputou o Governo do Estado, Wellington estava em uma coligação com o PT.
“Wellington nunca foi, realmente, de fato e de direito, oposicionista a governo algum, isso aí é uma característica dele, de não ser oposição, de ser senador de resultados. Aonde trouxer resultado para o estado e municípios ele vai estar presente, não seria agora que ele iria radicalizar, até porque ele já conviveu no passado como deputado federal com o presidente Lula, com a presidenta Dilma, e sempre teve um novo relacionamento em Brasília com a cúpula do PT”.
Porém, Júlio ainda considerou que é cedo para tirar alguma conclusão sobre a postura de Wellington, já que ainda não houve a troca de governo e também existe a possibilidade dele não permanecer no PL.
“Vamos aguardar a hora que instalar o novo governo, aí sim o comportamento do senador Wesley vai ter que seguir a liderança do PL, que vai ser oposição. […] O Senador pode sair do partido, não há nenhum impedimento para cargo majoritário abandonar o partido”.
Fonte: gazetadigital.com.br