“REI” DA MARACUTAIA: Eraí Maggi zomba da Justiça ao admitir na cara da PF que alimentou “caixa 2” de Pedro Taques

“REI” DA MARACUTAIA:   Eraí Maggi zomba da Justiça ao admitir na cara da PF que alimentou “caixa 2” de Pedro Taques
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Bilionário da soja deu R$1 milhão “por fora” para Pedro Taques na campanha de reeleição em 2018

O bilionário do agronegócio Eraí Maggi, considerado o “Rei da Soja”, ao pedir o trancamento de inquérito que investiga crimes eleitorais na campanha de Pedro Taque ao Governo do Estado em 2014, acabou confessando que, de fato, deu R$1 milhão para abastecer o “Caixa 2” da campanha do ex-governador. A confissão é um verdadeiro tapa na cara da Justiça Eleitoral e revela o quanto os grandes senhores do agro em Mato Grosso desprezam a lei e confiam na impunidade para seus atos ilícitos

Já há vários anos que Eraí Maggi, que é filiado ao PP e sempre teve aspirações políticas, vem tentando por todos os meios, sem sucesso, tirar o corpo fora dos rolos de Taques no Governo do Estado. Na última tentativa de se livrar do processo de crime eleitoral, no final de fevereiro, Eraí Maggi teve negado pelo juiz da 51ª Zona Eleitoral de Cuiabá, Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto, um pedido para trancamento do inquérito policial que investiga exatamente o crime de “Caixa 2” na campanha do ex-governador.

Ao negar o pedido de paralisação do inquérito, o magistrado entendeu, com base nos autos, que Eraí Maggi está atolado até o pescoço no esquema de Caixa 2 que ajudou a eleger Taques, conforme provas anexadas colhidas pela Polícia Federal, inclusive. Eraí foi delatado em 2016 pelo empresário Alan Malouf, que foi o tesoureiro da campanha de Taques e montou um esquema de desvio de recursos da Seduc-MT para cobrir gastos eleitorais não declarados à Justiça. Malouf contou a Polícia Federal que recebeu de Eraí Maggi R$1 milhão para cobrir despesas do Caixa 2. O sócio do delator, Silmar Esteves de Freitas, também deu detalhes reveladores de como funcionou o duto financeiro ilegal entre Eraí Maggi e Pedro Taques.

Como desculpa para não ser responsabilizado, Eraí Maggi alegou à Justiça Eleitoral que o inquérito teria se baseado em informações de particulares e de cunho sigiloso e que o crime de Caixa 2 não recai sobre agentes privados. Para Eraí Maggi, se Pedro Taques e seu tesoureiro de campanha não declarou o valor de R$1 milhão que ele repassou para Malouf a pedido do candidato, “a culpa é deles”. O que Eraí não explicou e não quer explicar é porque repassou a “doação eleitoral” milionária para a campanha de Taques “por fora” do sistema bancário, sem declarar à Receita Federal e sem nenhum recibo do candidato.

CERTEZA DE IMPUNIDADE

O bilionário do agro Eraí Maggi nunca temeu a punição da Justiça e segue marchando firme fora do alcance do braço da lei. Por enquanto, pelo menos. Em 2014, por exemplo, foi o principal alvo da CPI da Sonegação instalada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso para apurar um esquema milionário de fraude em transações de grãos feitas por meio da Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), entidade criada pelo empresário que teria usado vários de seus empregados como testas-de-ferro.

Conforme apurou a CPI da Sonegação, o esquema criminoso da Cooamat resultou num prejuízo de mais de R$300 milhões aos cofres do estado. Para não pagar os impostos devidos, segundo revelou a CPI, Eraí Maggi usava a Cooamat, que funcionava como uma cooperativa de “fachada”, para comercializar no mercado interno, soja produzida nas suas fazendas. Como as cooperativas tem uma série de incentivos fiscais, o megaprodutor embolsava como “lucro” a diferença dos impostos que não era recolhida.

Nos inquéritos instaurados em 2015 a partir do relatório final da CPI – e que correm a passos de jabuti e em segredo de Justiça na Delegacia Fazendária (Defaz-MT) e nos Ministérios Públicos Estadual e Federal – constam que entre 2009 e 2014, apenas Eraí Maggi realizou exatas 10.330 das 15.894 vendas feitas pela Cooamat e outras 16.200 transações financeiras de um montante de mais de 20 mil registradas pela cooperativa.

Ou seja, a Cooamat era um braço de um grande esquema de sonegação que funcionava para enriquecer ilegalmente o seu mentor: Eraí Maggi.

Outras provas de que a Cooamat era um instrumento de Eraí Maggi para sonegar impostos, conforme o relatório da CPI, é o fato de que dos 30 associados à Cooamat, a maioria era funcionário do Grupo Bom Futuro, Holding que comanda os negócios do megaprodutor rural e mais, que 13 deles nunca fizeram uma transação comercial sequer por meio da entidade.

Fonte:    copopular.com


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