Na tarde dessa segunda-feira (29), o governo de Mato Grosso anunciou que não faria parte da licitação para administrar o Parque Nacional de Chapada. De acordo com a nota oficial do governo, há três anos o Executivo Estadual tem lutado para ter a oportunidade de fazer os investimentos no parque. Nesse tempo, membros do governo, incluindo o próprio Mauro Mendes (União) têm conversado com várias autoridades federais, chegando ao ponto de mover ações no Tribunal de Contas da União e Justiça Federal com o objetivo de poder investir e potencializar os atrativos naturais do parque.
“Nesse período tivemos muitos embates e sentimos muita resistência do ICMbio. O que deixou o ambiente de relacionamento desgastado. Assim, fizemos a opção de deixar que seguissem com o rumo planejado, sem participar do leilão”, diz trecho da nota oficial. A apresentação de propostas para concorrer à licitação ocorreu na tarde de ontem (29).
Na manhã desta terça-feira (30), durante entrevista concedida ao Jornal da Cultura, a senadora Buzetti afirmou: “O governo cansou de lutar pelo Parque e desistiu. Eu não vou lutar por algo que o governo não quer, então [meu projeto de estadualização] perdeu objeto, vou deixar o projeto ali. Quando coloquei era pra sentar na mesa e conversar, teve audiência pública com a ministra Marina Silva, fiz cinco reuniões com a Advocacia-Geral da União. Infelizmente quem perde é o povo de Mato Grosso e o povo de Chapada dos Guimarães”.
Parado no Senado desde novembro de 2023, o Projeto de Lei nº 3.649/2023 de autoria da senadora transfere para o estado de Mato Grosso, sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema – MT), a gestão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães “com o objetivo de proteger e preservar amostra dos ecossistemas ali existentes, assegurando a preservação de seus recursos naturais, proporcionando oportunidades controladas para uso pelo público, educação, pesquisa científica e também contribuindo para o desenvolvimento turístico na área”.
O projeto chegou a ser aprovado nas comissões do Senado, mas desde então não teve mais andamento.
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