Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, se manifestou no seu X (ex-Twitter) após a Caixa Econômica Federal recusar a proposta do clube pela equitação da Neo Química Arena. Duilio Monteiro Alves, que fez os contatos com o banco em novembro de 2023, contou com o auxílio de Andrés, figura sempre ativa em temas que envolvem o estádio.
O ex-mandatário pediu calma para os torcedores e afirmou que “tudo será resolvido”. A proposta do Corinthians para quitar a Arena consistia na aquisição de créditos de terceiros em contratos de FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais) para repassar ao banco e na utilização do dinheiro referente ao Naming Rights (cerca de R$ 356 milhões), recebido da Hypera Pharma.
“Tenham calma, as negociações não são simples, mas continuam. Fazer o estádio era difícil, pagar também, vender o nome da Arena também, tirar e fazer acordo com Odebrecht também e foi se resolvendo com o tempo. Calma, tudo será resolvido”, comentou Andrés.
Ao recusar a proposta do Corinthians, a Caixa argumentou que o crédito do Naming Rights ofertado pelo Corinthians não é de titularidade do clube, e sim da Arena FII (Arena Fundo de Investimento Imobiliário), que não faz parte da proposta de quitação. Além disso, o banco alega que, mesmo que a Arena FII tivesse ofertado o valor, ele não poderia ser cedido já que o Fundo estaria impedido de transferir os direitos creditórios vindos da exploração da Arena.
Em relação aos créditos do FCVS, a Caixa entende que eles “não são aptos aos fins pretendidos na proposta de quitação”. O montante que o Corinthians estava disposto a repassar é de R$ 175 milhões.
Apesar da negativa, a tendência é que a atual diretoria do Corinthians, chefiada por Augusto Melo, siga em contato com o banco em busca de alternativas para amortizar o valor da dívida, que é de R$ 706 milhões.
No contrato atual entre Corinthians e Caixa, ficou estabelecido que nos anos de 2023 e 2024 o clube arcaria apenas com os juros do período em que o Timão deixou de pagar o financiamento do estádio. No ano passado, somando todas as parcelas depositadas ao banco, o Alvinegro repassou quase R$ 100 milhões à instituição financeira.
Segundo o acordo vigente, apenas a partir de 2025 a agremiação passaria a amortizar o valor principal da dívida.
Fonte: www.gazetaesportiva.com