Sem brilho próprio em sua trajetória política, prefeito de Várzea Grande se ampara em lideranças históricas
O prefeito Kalil Baracat (MDB) tem trabalhado incessantemente nos bastidores para não perder o apoio da família Campos nas eleições de outubro. O senador Jayme Campos e seu irmão, deputado estadual Júlio Campos, bem como a ex-prefeita Lucimar Campos, gozam de total prestígio político e influência junto ao eleitorado várzea-grandense.
Vale lembrar que antes de ser eleito prefeito de Várzea Grande nas eleições de 2020 com 50.918 votos, Kalil Baracat, embora pertença a uma família tradicional, foi um vereador apagado na Câmara Municipal. Sem brilho próprio, não se destacava com projetos de lei e tampouco em patrocinar debates públicos ou fiscalizar atos do Executivo.
Além disso, existe o temor de que denúncias de corrupção possam abalar o mandato de Kalil Baracat às vésperas da eleição, levando ao descrédito, em geral, com a população várzea-grandense.
A reportagem do Centro Oeste Popular tem recebido frequentemente documentos comprometedores como o pagamento de fornecedores ao DAE (Departamento de Água e Esgoto) e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), cujas empresas estão sediadas em terrenos baldios. Ou seja, tudo indica que pagamentos milionários ocorreram em favorecimento a empresas fantasmas.
Tais atos são comumente praticados na administração pública por agentes políticos interessados na formação de caixa 2, desafiando a Justiça Eleitoral, para abastecer financeiramente a si próprio e seus aliados nas eleições.
Em meio a este cenário, Kalil Baracat tem articulado o apoio da família Campos. Sabe que sem o apoio político e o suporte empresarial sua campanha definha, abrindo espaço para um projeto oposicionista vir a ter êxito em Várzea Grande.
Temendo desgastes públicos, Kalil Baracat não tem tido o costume de comparecer em festas públicas. Nos últimos anos, o prefeito não deu as caras nos festejos em comemorações alusivas aos aniversários do tradicional distrito de Bonsucesso, confinante com o rio Cuiabá.
Conforme apurado pelo Centro Oeste Popular, Kalil é orientado pela sua assessoria direta a faltar o evento, diante da falta de cumprimento das propostas causadas pelo abandono da comunidade ribeirinha.
Os profissionais da educação pública também estão insatisfeitas com o mandato de Kalil Baracat à frente do Paço Couto Magalhães. Os professores reivindicam o pagamento do piso salarial nacional que recebeu reajuste de 14,9% no mês passado.
O reajuste do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica encontra-se no âmbito da política de valorização profissional prevista no Plano Nacional de Educação (PNE).
Em meio a esse cenário, Kalil Baracat vive momentos de tensão à frente do Paço Couto Magalhães. Nos bastidores, o Centro Oeste Popular apurou ainda que ao pedido de demissão de Gonçalo Barros da Secretaria Municipal de Saúde guarda relação com o temor de que denúncias de corrupção pudessem a vir afetá-lo no cargo. A reportagem segue apurando cada detalhe para trazer novidades aos leitores nas próximas edições. Segundo jornalistas investigativos, se vier a tona, escândalos como do DAE, de obras do São Mateus a família Campos facilmente lançara seu herdeiro Dudu Campos, um jovem sem macula e que trazer a Várzea Grande a lembrança do saudoso Dudu Campos.
Fonte: copopular.com.br