A Era do BBF: Por que dominar o óbvio é a habilidade mais rara e lucrativa do mercado atual

A Era do BBF: Por que dominar o óbvio é a habilidade mais rara e lucrativa do mercado atual
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Vivemos uma epidemia silenciosa no mundo dos negócios: o vício na complexidade. Estamos nos afogando em ferramentas sofisticadas, inteligência artificial e metodologias com nomes impronunciáveis, convencidos de que o segredo para o crescimento exponencial está escondido na próxima grande novidade tecnológica. Olhamos obcecados para o cume da montanha, mas tropeçamos nos próprios cadarços ainda no acampamento base.

Essa obsessão pelo complexo criou um ponto cego gigantesco. Enquanto a manada corre atrás de atalhos mágicos, os verdadeiros mestres — aqueles que constroem legados duradouros e resultados consistentes — operam sob um código diferente. Eles entenderam algo que a maioria ignora: em um mundo viciado em distração e ruído, fazer o óbvio com excelência tornou-se a vantagem competitiva definitiva.

É aqui que entra o que chamo de a revolução do BBF: o Básico Bem Feito.

Não se engane com a simplicidade do termo. O BBF não é o “módulo para iniciantes”. Ele é a faixa preta da execução. É a compreensão de que nenhuma estratégia avançada sobrevive a uma fundação fraca. O mercado está saturado de profissionais que conhecem teorias complexas de neurovendas, mas que não conseguem praticar uma escuta genuína de cinco minutos com um cliente. Gente que desenha fluxogramas incríveis, mas que não tem a disciplina de entregar o prometido numa terça-feira chuvosa.

Adotar a filosofia BBF é parar de tentar construir coberturas de luxo em alicerces de areia. É um retorno radical a três pilares esquecidos. Primeiro, as atitudes inegociáveis que nenhuma máquina substitui: empatia real, resiliência e a capacidade humana de conexão. Segundo uma obsessão maníaca pela execução impecável do trivial. O “arroz com feijão” bem-feito supera o banquete gourmet que nunca fica pronto. E terceiro, uma mentalidade focada no “feito”, que para de confundir estar ocupado com ser produtivo.

O mercado não paga pelo que você sabe; ele paga pela consistência com que você aplica o que sabe. O próximo grande salto na sua carreira ou empresa não virá de adicionar mais complexidade. Virá da coragem de simplificar, de remover o ruído e de dominar os fundamentos com uma intensidade que sua concorrência considera “desnecessária”.

O óbvio só é óbvio depois que alguém o executa com maestria. Bem-vindo à era do BBF.

Luiz Vicente Dorileo da Silva – “SHIPU” – Vendas & IA | Especialista em Conversão Comercial | @shipumt | Resultados mensuráveis através de inovação humana.


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