Especialista do CEUB explica como cada tipo de adubo age no solo e orienta sobre os cuidados necessários para garantir produtividade e sustentabilidade na agricultura e em hortas domésticas
O uso correto de adubos é essencial tanto para a agricultura quanto para hortas domésticas, garantindo solo saudável, plantas mais produtivas e menor impacto ambiental. A bióloga Karoline Torezani, professora de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica como diferentes tipos de adubo funcionam e quais cuidados devem ser adotados na sua aplicação.
Funções do adubo no solo
Segundo a especialista, o adubo não apenas fornece nutrientes, mas também melhora a retenção de água, fortalece a estrutura do solo e protege as raízes das variações de temperatura. Esses fatores contribuem para o crescimento saudável das plantas e maior produtividade agrícola.
No entanto, nem todos os adubos apresentam o mesmo efeito. A escolha do tipo ideal depende da necessidade específica do cultivo e do impacto ambiental desejado.
Tipos de adubo e suas características
- Orgânico: produzido a partir de resíduos vegetais ou animais, melhora a qualidade do solo e apresenta efeito duradouro, mas exige mais tempo para atuação e pode ter custo elevado em algumas regiões.
- Químico: industrialmente elaborado a partir de minerais como ureia e fosfatos, oferece efeito rápido e concentração alta de nutrientes, ideal quando se busca respostas imediatas das plantas.
- Biológico: utiliza microrganismos que aumentam a disponibilidade de nutrientes e estimulam o crescimento vegetal. É considerado uma alternativa sustentável em diversos sistemas de cultivo.
“Na prática, muitas vezes a melhor solução é combinar o químico, que dá efeito rápido, com o orgânico, que fortalece o solo a longo prazo”, destaca Torezani.
Cuidados para evitar impactos ambientais
O uso excessivo de adubos pode causar problemas como alteração do pH do solo, salinização e poluição de rios e lagos por excesso de nutrientes, fenômeno conhecido como eutrofização.
Para minimizar esses efeitos, a especialista recomenda práticas como:
- Rotação de culturas
- Agricultura de precisão
- Uso equilibrado e consciente de diferentes tipos de adubo
- Alternativas sustentáveis: adubo verde e compostagem
Além dos adubos tradicionais, técnicas complementares como adubação verde, compostagem e manejo biológico podem reduzir a dependência de fertilizantes químicos e prolongar a fertilidade do solo.
“O grande desafio é equilibrar a necessidade de produzir mais com a preservação dos recursos naturais, garantindo que as próximas gerações também possam colher os frutos de um solo saudável”, conclui Karoline Torezani.
Fonte: vidaruralmt.com.br\Portal do Agronegócio