As 23 melhores novelas que vieram de livros: de ‘A Escrava Isaura’ a ‘Éramos Seis’, esses sucessos da TV saíram das páginas. Lembra de todas?

Responda rápido: o que “Ciranda de Pedra” – novela mais recente a contar com a participação de Ana Paula Arósio -, “Éramos Seis”, “Tocaia Grande” e “Brida” – última história produzida pela Manchete e que foi um verdadeiro fiasco – têm em comum? Essas e outras novelas que ganharam as telinhas foram adaptadas de livros clássicos da literatura brasileira.

É o caso também de “Os Dez Mandamentos”, último grande sucesso no setor de teledramaturgia fora da Globo, e de “Tieta”, há pouco reprisada mais uma vez no “Vale a Pena Ver de Novo”. Pensando nos amantes dos livros (e das novelas!), o Purepeople reuniu aquelas obras que saíram das páginas para ganharem vida nas mais diversas emissoras de TV.

• “TIETA” – exibida entre 1989 e 1990, a trama de Aguinaldo Silva se baseou no livro de praticamente mesmo nome de Jorge Amado, “Tieta do Agreste”, e lançado em 1977. Um dos autores brasileiros mais lidos no exterior e criador de tipos como Perpétua viu a obra se transformar em filme mais de duas décadas depois, 1996.
• “PORTO DOS MILAGRES” – no ar em 2001, ano de morte de Jorge Amado, repetiu a parceria entre o autor e Aguinaldo Silva. A novela teve como inspiração dois livros do baiano: “A Descoberta da América pelos Turcos” (1992) e “Mar Morto” (1936).
• “A MORENINHA” – uma das primeiras novelas da faixa das sete teve só 35 capítulos em 1965 e com Marília Pêra como atriz principal. O livro homônimo fora lançado por Joaquim Manuel de Macedo no distante 1844. Em 1975, veio o remake com Nívea Maria no papel principal.
• “HELENA” – em 1975, Gilberto Braga assinou a versão para a TV estrelada por Lúcia Alves, morta esse ano, e inspirada no livro de Machado de Assis (1876). A Manchete lançaria sua versão em 1987.
• “SENHORA” – no mesmo ano, Gilberto Braga ainda adaptou o livro de José de Alencar escrito em 1875. Em 2005, ao lado de “Lucíola” (1862) e “Diva” (1864), “Senhora” gerou “Essas Mulheres”.
• “ESCRAVA ISAURA” – uma das mais importantes novelas da Globo foi exibida entre 1976 e 1977 também com assinatura de Gilberto Braga. Em 2004, a Record lançou uma nova versão através de Tiago Santiago. O original de Bernardo Guimarães data de 1875,
• “SINHAZINHA FLÔ” – ainda na faixa das seis, a Globo lançou em 1977 essa novela de época baseada em três livros de José de Alencar: “A Viuvinha” (1857), “Til” (1871) e “O Sertanejo” (1875).
• “MARIA, MARIA” – um ano depois, Manoel Carlos adaptou o livro “Maria Dusá” (1908) para fazer sua novela.
• “A SUCESSORA” – no mesmo 1978, Maneco fez a adaptação da obra de Carolina Nabuco (1934).
• “CABOCLA” – o romance de Ribeiro Couto (1931) já ganhou duas versões (1979 e 2004).
• “OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO” – sucessora da primeira versão de “Cabocla” inspirada na obra de Érico Veríssimo (1938).
• “MARINA” – protagonizada por Denise Dumont em 1980 teve como base o livro de Carlos Heitor Cony.
• “AS TRÊS MARIAS” – ainda em 1980, Walther Negrão se inspirou na obra de Rachel de Queiroz (1939) para a novela que teve Gloria Pires como uma das protagonistas.
• “CIRANDA DE PEDRA” – Lygia Fagundes Telles escreveu o romance em 1954 e que virou novela em 1981 e 2008.
• “TERRAS DO SEM FIM” – outro livro de Jorge Amado (1943) que ganhou versão para a TV, no caso em 1981.
• “SINHÁ MOÇA” – novela de época inspirada no livro de mesmo nome de Maria Dezonne Pacheco Fernandes (1953). A primeira versão foi lançada em 1986 e o remake, exatos 20 anos depois.
• “ORGULHO E PAIXÃO” – a novela de 2018 foi uma junção de uma série de livros de Jane Austen. Entre os mais importantes, “Orgulho e Preconceito” (1813) e “Lady Susan” (1871).
• “ÉRAMOS SEIS” – até 2019 foram cinco adaptações para a TV (uma na Record, duas na Tupi, uma no SBT e a mais recente na Globo) para a obra de Maria José Dupré (1943).

• Vamos lembrar que as novelas bíblicas da Record como “OS DEZ MANDAMENTOS” e “A TERRA PROMETIDA” se debruçaram sobre o Livro Sagrado.
• “AS PUPILAS DO SR. REITOR” – em 1970 (Record) e 1994 (SBT), o romance de Júlio Dinis de 1867 chegou à TV.
• “DONA BEIJA” – exibida em 1986 na Manchete e prestes a ganhar remake no HBO, a novela se inspirou nos romances de Thomas Othon Leonardos e Agripa Vasconcelos.
• “TOCAIA GRANDE” – outro folhetim inspirado em romance de Jorge Amado (1984). Foi ao ar em 1995 na Manchete.
• “BRIDA” – a problemática novela fechou a teledramaturgia da Manchete em 1998 após fracasso da adaptação do livro de Paulo Coelho (1990).
• “MEU PÉ DE LARANJA LIMA” – a mais memorável obra de José Mauro de Vasconcelos (1968) teve três versões: 1970 (Tupi), 1980 e 1998 (ambas na Band).