O Campeonato Brasileiro Sub-20 teve início nesta semana, com os 20 melhores colocados no Ranking Nacional de Clubes de 2022. O torneio, que é dividido em dois grupos de dez, garante as quatro primeiras equipes de cada chave para as quartas de finais. A partir da fase eliminatória, os confrontos acontecem em ida e volta, e a final será disputada em jogo único.
Na atual temporada, os times que estão participando da competição enxergam como uma oportunidade de consolidar os projetos nas categorias de base. Cristiano Dresch, vice-presidente do Cuiabá, atual campeão do Brasileirão de Aspirantes, valoriza a oportunidade do Dourado disputar esta competição.
“Sabemos que a valorização das categorias de base, que é um pilar importante para o clube hoje, nos dará bons frutos no futuro. Já são três anos de investimento e estruturação deste departamento e poder disputar competições importantes, como é o caso do Brasileirão, deixará nossos atletas próximos ao nível técnico que o profissional exige”, destaca o dirigente.
Em momento de ascensão na elite do futebol brasileiro, o Fortaleza é outro que também vem priorizando o investimento na formação dos atletas. O Leão do Pici chegou às quartas de finais da Copinha neste ano e tem aproveitado jogadores da base no profissional.
“Para o clube é de suma importância estar presente em todas competições nacionais de base, assim podemos potencializar os atletas para o cenário profissional. Por isso, nossos investimentos nesses últimos anos se voltam muito para os jovens. Com a promoção de jogadores como o Amorim e Samuel e a colocação que alcançamos na Copinha, enxergamos o potencial que as categorias podem nos resultar, com um retorno técnico e econômico, que hoje, precisamos estar atentos”, comentou Agnello Gonçalves, executivo das categorias de base do Fortaleza.
Esta é a nona edição do Brasileirão Sub-20 e os clubes têm aproveitado cada vez mais a competição para preencher o calendário da base. Além disso, também usam os jogos como parâmetro para analisar quais são os atletas mais preparados para atuar no profissional.
“O benefício de participar do Brasileiro Sub-20 já acontece bem antes do início da competição, pois, com calendário nacional, nos tornamos um clube ainda mais atrativo para captar novos talentos, tanto pro sub-17, quanto para o sub-20, porque os agentes sabem da visibilidade que seus atletas terão nesta competição”, afirmou Eduardo Pinheiro, diretor das categorias de base do Goiás.
Felipe de Oliveira, diretor geral das categorias de base do Internacional, ressalta a estratégia do Colorado para investir e manter uma base forte. Ele explica o motivo.
“O Inter, assim como a grande maioria dos grandes clubes do futebol brasileiro, passa por dificuldades financeiras que não deixam grandes folgas para maiores investimentos, o que gera restrições orçamentárias para que se possa equilibrar as contas. Diante dessa dificuldade, é necessário que a agremiação tenha uma mentalidade voltada à valorização da base. Isso não se restringe à destinação de recursos financeiros, mas a uma política interna que tenha muito claro o propósito de valorização e de busca constante de soluções para as necessidades da área de formação. E isso nós temos aqui no Inter”, acrescenta o dirigente.
Esse movimento das equipes, de compreender a importância de concentrar investimentos na base, não se deve apenas a melhorias nas estruturas internas, mas também na consolidação de uma nova mentalidade. O trabalho e atenção fora das quatro linhas vão desde o apoio psicológico a atividades lúdicas com os jogadores.
Pentacampeão do mundo, Edmílson sabe a importância deste apoio extracampo para o desenvolvimento das joias. O ex-volante é presidente do Ska Brasil, time sediado em Santana de Parnaíba, região metropolitana de São Paulo, que disputa competições do Sub-11 ao profissional. Além do CFA Prof. Telê Santana, espaço que conta com alojamento, academia, entre outras estruturas, todos os jovens das categorias Sub-15 e Sub-17 e os familiares dos atletas têm um cartão permanente da SecureCard, empresa de multi benefícios, que oferece acesso à saúde privada.
“É mais uma forma de suporte para os atletas e seus familiares. O conceito das categorias de base é de criar novos jogadores para o futebol profissional, mas não podemos esquecer que esses atletas possuem responsabilidades, com muita gente ao redor, e isso tem um peso enorme no aspecto social de cada jogador, podendo influenciar nas atuações dentro de campo e nos objetivos ao longo da temporada”, ressalta Edmílson.
Fonte: www.gazetaesportiva.com
0
0
