CIÊNCIA: Música eletrônica reduz chance de picadas do Aedes aegypti, revela estudo

CIÊNCIA:   Música eletrônica reduz chance de picadas do Aedes aegypti, revela estudo
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Pesquisa mostra que certas batidas confundem animal vetor da dengue e pioram até desempenho do mosquito na reprodução.

Música eletrônica reduz chance de picadas do Aedes aegypti, revela estudo
Pesquisadores de uma universidade na Malásia descobriram um aliado improvável contra o Aedes aegypyi, mosquito vetor de várias doenças e comum no Brasil. Como mostra o estudo um estudo, um ambiente de música eletrônica gera menos chances de sucesso para esses animais em conseguir alimento e até na reprodução.

No artigo publicado em 2019 na revista científica Acta Tropica e que voltou a viralizar recentemente, o grupo de cientistas relata um experimento envolvendo uma canção específica: “Scary Monsters and Nice Sprites”, hit de 2010 do artista Skrillex. Segundo o grupo, ela foi escolhida especificamente por já contar com um alto volume e tom.

No estudo comparativo, os mosquitos foram expostos a ambientes com e sem a música em reprodução. Os resultados indicam uma queda acentuada no desempenho do animal quando está em contato com os sons, especificamente em duas tarefas: a alimentação ao picar e sugar sangue de um ser vivo e também a reprodução com outros Aedes aegypti.

No ambiente silencioso, os mosquitos se direcionavam a um hamster usado como ‘isca’ depois de 30 segundos em média. No cômodo com a música, o comportamento era de “tempo de resposta com atraso e menor taxa de visitação” ao animal;
Até mesmo o ato de picar e sugar sangue, que é a ação que resulta na transmissão de doenças, teve “baixa ocorrência”;
Os mosquitos adultos no local com a música eletrônica em reprodução ainda “copularam muito menos do que o outro grupo”.
A pesquisa eventualmente volta a ser divulgada, a ponto de vários comentários no vídeo oficial da música fazerem brincadeiras com mosquitos nos últimos cinco anos.

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O que o estudo mostra sobre o mosquito da dengue?
Segundo o artigo, a explicação para a performance piorada é bastante simples. Mosquitos como o Aedes aegypti dependem da reprodução e da sensibilidade a sons para ações como reprodução, sobrevivência e manutenção da própria comunidade.

Provocar mudanças nesse comportamento, como ao colocar uma música alta para tocar, confunde o sistema sensorial da espécie e dificulta até mesmo a localização de outros mosquitos — vibrações em baixa frequência facilitam interações reprodutivas, assim como a sincronia entre o bater de asas durante o acasalamento.

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Os pesquisadores acreditavam na época que o experimento trazia “novos caminhos” para o desenvolvimento de medidas de controle e proteção contra o Aedes aegypti usando música. O mosquito é vetor de transmissão de doenças como dengue, zika, Chikungunya e febre amarela.

Música pode mesmo combater a dengue?
Apesar da evidência da pesquisa e do artigo ter sido publicado após revisão por pares, a recepção de outros especialistas da área desde a publicação do experimento é de ceticismo.

Um professor consultado pela Forbes, por exemplo, argumenta que essa não é uma forma válida ou prática de repelir o mosquito se comparado com outras possibilidades, como repelentes que são desenvolvidos especificamente para essas espécies e confundem o olfato do animal sem a necessidade de exposição a um ruído alto.

Além disso, como aponta o cientista, o uso de outros ruídos (não necessariamente música e muito menos essa faixa eletrônica) possivelmente traria efeitos similares, mas os pesquisadores não chegaram a fazer uma avaliação comparativa com outras canções.

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Sabia que a Google tem um projeto para desenvolver tecnologias que auxiliam no combate à transmissão de doenças como a dengue, inclusive no Brasil? Conheça essa nova iniciativa neste artigo!

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Fonte:      www.tecmundo.com.br


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