Como a IA é usada no dia a dia do paciente? Entenda

Como a IA é usada no dia a dia do paciente? Entenda
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Desde a triagem até o acompanhamento de doenças crônicas, a inteligência artificial pode melhorar atendimentos e facilitar comunicação com o médico

inteligência artificial (IA) já faz parte de diversas áreas da medicina, seja para agilizar diagnósticos, antecipar riscos de doenças e pioras de quadros de saúde, organizar filas de atendimento e facilitar a tomada de decisão de médicos.

Apesar de ser usada frequentemente nos “bastidores”, a tecnologia também pode impactar diretamente a rotina de pacientes. Segundo especialistas ouvidos pela CNN, a IA pode ser utilizada em diferentes frentes de atendimento, como:

  • Triagem digital no plano de saúde: se o aplicativo pede para você descrever sintomas antes de ser direcionado para um médico, há grandes chances de ser IA organizando essa jornada;
  • Mensagens de lembrete: notificações de exames, vacinas ou consultas enviadas de forma personalizada geralmente são disparadas por sistemas inteligentes;
  • Agendamento mais rápido: quando consultas ou exames são marcados em poucos minutos, integrados diretamente ao sistema do hospital ou clínica, a IA pode estar por trás da automatização;
  • Atendimento mais preciso: se o médico consulta relatórios digitais durante a consulta com informações já organizadas, é sinal de que a IA ajudou a transformar dados em recomendações clínicas.

“Um dos pontos mais importantes da inteligência artificial na saúde é a capacidade de apoiar o profissional em tempo real. Hoje já existem soluções que escutam e transcrevem a consulta enquanto ela acontece, e a partir disso geram alerta, sugestões, e apoiam o médico em tempo real. Esse apoio não substitui o médico, mas pode salvar vidas, porque reduz erros e agiliza decisões clínicas”, explica Maurício Honorato, CEO da Doutor-AI.

Acompanhamento de doenças crônicas e melhor comunicação médico-paciente

As doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, necessitam de monitoramento médico constante. A IA desempenha um papel importante nesse acompanhamento, personalizando o tratamento para o paciente e ajudando a prever complicações associadas a essas condições.

“Dispositivos conectados e aplicativos móveis já geram dados em tempo real sobre glicemia, pressão arterial e outros indicadores. Combinados com agentes de IA e fluxos de automação, esses dados permitem alertas automáticos e navegação personalizada, reduzindo falhas e aumentando a adesão ao tratamento”, explica Isadora Kimura, CEO da healthtec Nilo.

Além disso, a IA pode auxiliar na comunicação médico-paciente, ao permitir interações mais claras e humanas, ao reduzir o tempo do médico na análise de formulários, sistemas e tarefas administrativas.

“Essa sobrecarga reduz a qualidade do atendimento, atrasa diagnósticos e aumenta riscos de falhas. Em 2024, por exemplo, o número de ações por erro médico cresceu 506%, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, cita Honorato.

“Nesse contexto, a IA atua como um copiloto de comunicação. Ela automatiza tarefas repetitivas, organiza dados de forma estruturada e gera relatórios em segundos. Com isso, reduz drasticamente a burocracia e devolve ao médico o tempo de estar presente com o paciente”, explica.

Quais são os limites da IA na medicina?

Apesar de auxiliar o trabalho médico, a IA não substitui profissionais de saúde, nem sua expertise e competência. O trabalho da tecnologia deve ser complementar ao julgamento clínico e à tomada de decisão do médico.

“A IA é capaz de analisar grandes volumes de dados, identificar padrões e sugerir hipóteses diagnósticas, mas sempre sob supervisão profissional. Essa combinação reduz riscos, aumenta a segurança e garante que nada importante seja esquecido”, afirma Honorato. “A inovação deve ser entendida como ferramenta de suporte, que amplia a capacidade dos profissionais.”

Para Kimura, a chave está em usar a tecnologia como aliada da humanização. “Ao transformar dados dispersos em informações úteis, os agentes de IA apoiam decisões clínicas, aumentam a capacidade operacional e garantem que cada paciente seja tratado de forma única”, afirma.

“Essa mudança impacta não apenas os profissionais, que trabalham de modo mais organizado e com menos sobrecarga, mas também os pacientes, que passam a vivenciar uma jornada mais fluida, com orientações consistentes e uma rede de apoio sempre acessível”, completa.

 

 

 

Fonte: www.cnnbrasil.com.br


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