É por isso que você sempre fracassa quando tenta adotar hábitos mais saudáveis, segundo uma psicóloga especialista

É por isso que você sempre fracassa quando tenta adotar hábitos mais saudáveis, segundo uma psicóloga especialista
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Você já quis se alimentar melhor, se matricular em uma academia ou beber menos álcool, mas não conseguiu? Uma especialista analisou os fatores que nos impedem de melhorar nossos hábitos constantemente

construção de uma rotina saudável vai muito além da busca por um corpo ideal ou de metas estéticas. Ela está diretamente ligada ao bem-estar emocional e psicológico. A ciência já comprovou que a repetição de comportamentos molda o cérebro, órgão que, como demonstrou o médico espanhol Ramón y Cajal, possui uma característica fundamental: a plasticidade.

Apesar disso, ainda é comum que muitas pessoas tenham dificuldade em incorporar hábitos simples e positivos no dia a dia. Circunstâncias pessoais podem facilitar ou dificultar esse processo, mas, segundo especialistas, buscar dentro das próprias possibilidades maneiras de se cuidar faz diferença real no bem-estar.

Nas redes sociais, relatos sobre essa busca são constantes:

Para a especialista Silvia Congost, o cenário atual coloca mais um desafio. “Vivemos em uma sociedade que nos induz e empurra para o materialismo, para a necessidade de ter mais e melhor, corpos perfeitos, vidas perfeitas, pares perfeitos e um nível econômico mais que perfeito”, afirma à revista Elle. Segundo ela, essa pressão constante afasta as pessoas de um cuidado mais realista, possível e gentil consigo mesmas.

Ainda assim, a especialista defende que a mudança começa antes do momento ideal. “A princípio esperamos encontrar-nos bem e que nossas circunstâncias sejam perfeitas para nos cuidarmos e não nos damos conta de que, se começarmos a nos cuidar, nosso estado psicológico e emocional também melhoraria. Melhoraria tudo”, diz.

A ideia central é simples: hábitos são determinantes. Identificar quais deles estão presentes na rotina e quais precisam ser incorporados é o primeiro passo para transformar o bem-estar de forma consistente.

Pessoas com altas habilidades geralmente têm esses quatro hábitos sem saber que eles são um reflexo da sua inteligência
Autocuidado e autoestima: uma relação direta

A ciência do comportamento reforça o que intuitivamente já sabemos: mover o corpo, praticar exercícios dentro das possibilidades, caminhar mais, subir escadas ou fortalecer os músculos são atitudes que melhoram tanto a saúde física quanto o humor. Da mesma forma, escolhas alimentares mais conscientes e o afastamento de ambientes tóxicos contribuem para mais autoestima e estabilidade emocional.

O desafio, no entanto, está na mudança. “No início, devemos ser conscientes de que implicará para nós uma enorme disciplina, constância, esforço e compromisso”, explica. O cérebro tende a sabotar o processo com cansaço aparente, preguiça ou busca por prazeres imediatos. Mas a neurociência já demonstrou repetidas vezes que a transformação de hábitos traz benefícios que superam o esforço inicial.

A especialista lembra ainda que quem não cresceu em um ambiente que valorizava o autocuidado pode encontrar mais obstáculos, mas isso não torna o processo impossível. “Insisto, os hábitos nos definirão e tenderemos a alterá-los e isso não é fácil. Mas insistir mais no que quer que seja, é possível.”

Ela reforça a importância de procurar ajuda quando necessário e não desistir diante das dificuldades. “Se nos esforçarmos por cuidar de nós, nosso estado psicológico e emocional também melhorará”, diz. A mensagem final é direta: a vida é uma oportunidade curta  e o autocuidado é uma das formas mais eficazes de torná-la mais plena. “Algo que terá que nossa vida valerá muito mais a pena”, conclui.

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