George Clooney com Alzheimer e a decisão da eutanásia: como o duro diagnóstico vai conduzir um novo filme baseado em um best-seller

George Clooney com Alzheimer e a decisão da eutanásia: como o duro diagnóstico vai conduzir um novo filme baseado em um best-seller
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Galã de Hollywood, George Clooney, se entrega ao Alzheimer e viaja com a esposa à Suíça para encerrar a própria vida: o enredo comovente do novo filme do astro promete emocionar o público

Imagina perder lentamente o galã George Clooney para o Alzheimer e acompanhá-lo em uma viagem com a esposa à Suíça onde planeja encerrar a própria vida de forma assistida. Esta é a sinopse da adaptação cinematográfica de “In Love: A Memoir of Love and Loss”, best-seller da escritora americana Amy Bloom, que retrata uma história real marcada pelo amor, pela perda e por uma decisão devastadora: a eutanásia.

Ao lado da premiada atriz Annette Bening, mãe de estrela da Broadway, Clooney se prepara para viver um dos personagens mais intensos de sua carreira. A direção ficará nas mãos de Paul Weitz, indicado ao Oscar e conhecido por filmes como “Um Grande Garoto”. A produção foi descrita pela revista Clarín como uma “história moderna sobre o amor, o humor e as decisões impossíveis”. O roteiro, assinado por Paul Weitz e pela própria Amy Bloom, promete uma abordagem fiel e profundamente humana sobre um tema ainda cercado de tabus.

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O livro que inspirou o filme: amor, dor e coragem

Nas primeiras páginas de sua obra, Amy Bloom revela o drama pessoal que deu origem à história. Seu marido, Brian, é diagnosticado com Alzheimer em meio a uma vida cheia de energia, viagens e afeto. Ao compreender o que o futuro reserva, ele toma uma decisão radical: não quer viver o sofrimento prolongado da doença

O casal então embarca em 2020 de Connecticut até a clínica Dignitas, na Suíça, conhecida por realizar procedimentos de morte assistida de maneira legal e segura. Lá, Brian toma uma dose letal de pentobarbital sódico, encerrando sua trajetória de forma consciente e tranquila.

O processo, porém, está longe de ser simples. Segundo Bloom, a jornada envolveu uma montanha de burocracias, avaliações médicas, atrasos administrativos e um turbilhão de sentimentos — da tristeza profunda à gratidão por um amor vivido com plenitude.

Uma reflexão sobre o amor e a dignidade até o fim

Mais do que uma história sobre a morte, “In Love” é uma celebração da vida. O livro foi eleito melhor obra de não ficção do ano pela revista TIME e entrou na lista dos 100 títulos essenciais da publicação. A crítica descreveu a narrativa como “um retrato comovente sobre a força dos laços humanos e o poder do amor diante do inevitável”.

O próprio personagem de Clooney, inspirado em Brian, resume o espírito da história em um pensamento que ecoa ao longo da trama: ele prefere “morrer de pé a viver de joelhos”.

Amy Bloom, que além de escritora é psicoterapeuta, mergulha nas questões éticas e emocionais que cercam a eutanásia. Em um dos trechos mais tocantes do livro, ela confessa: “Às vezes me pergunto se uma esposa melhor teria dito não”. Essa honestidade brutal e vulnerável é o que torna a narrativa tão poderosa — e o filme promete preservar essa mesma emoção nas telas.

Onde assistir?

Enquanto o novo projeto ainda não tem data confirmada para o início das filmagens, George Clooney continua colhendo frutos de seu trabalho mais recente. O ator está em destaque na temporada de premiações com o filme “Jay Kelly”, dirigido por Noah Baumbach, o mesmo de “História de um Casamento”

O longa foi exibido no Festival de Veneza e tem estreia marcada para 15 de novembro nos cinemas, chegando à Netflix em 5 de dezembro.

Aos 64 anos, Clooney prova mais uma vez que continua desafiando os próprios limites como ator e produtor, escolhendo histórias profundas e provocantes. E se “In Love” seguir a força do livro que o inspirou, o público pode esperar um dos filmes mais emocionantes da década — daqueles que ficam na memória e no coração.


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