Mauro Mendes critica ação penal contra Bolsonaro; ‘não vi golpe’

Mauro Mendes critica ação penal contra Bolsonaro; ‘não vi golpe’
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O governador Mauro Mendes (União) voltou a criticar a ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura uma conspiração para uma tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022. Mesmo reconhecendo que não conhece a íntegra do processo, ele afirma que não houve tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.

“Eu não conheço o processo, não conheço os elementos dos autos. Mas como cidadão olhando distante, eu não vi golpe, eu não vi tanque na rua, eu não vi um tiro sendo dado, eu não vi nada disso acontecer. Eu via velhinhos, criança, chorando na porta de quartéis com a bandeira brasileira, cantando o hino nacional. Isso não é golpe, isso é manifestar”, disse.

A declaração ocorreu no mesmo dia em que se tornou pública as alegações finais do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que pediu a condenação de Bolsonaro e mais sete réus na ação penal que analisa se houve uma tentativa de golpe de Estado.

Mendes afirmou ainda que condenou os atos de 8 de janeiro de 2023 por conta do vandalismo. Contudo, reclama das penas dadas pelo STF. Para justificar sua defesa, atacou o Movimento dos Sem Terra (MST), alegando que as invasões feitas por eles também teria que terminar em condenação.

“Sou contra invasão, invadiram, erraram, depredaram, tem que ser responsabilizado, tem que ser criminalizado. Agora não para 15 anos de prisão. Tem gente que mata um cidadão, pega 6 anos, 8 anos de cadeia. O cara vai lá, pinta uma estátua, invade, vai pegar 15 anos. Tem alguém do MST preso aí nesse Brasil? Que invadiu quantas propriedades foram invadidas pelo MST? Invadiu o congresso?”, questionou.

“O congresso não é mais importante que o lar ou a fazenda, ou a chácara de ninguém. Então se invadiu, tem que estar preso também e não tá”, completou.   O governador terminou afirmando que atualmente o judiciário estaria tendo ‘dois pesos, duas medidas’.

“Eu respeito as autoridades, mas nesse momento eu vejo uma confusão, pelo menos a luz do que eu conheço acontecendo nesse país. Isso não é bom para o médio curto, médio de longo prazo da nação brasileira”.

Nas alegações finais, a PGR reiterou a responsabilidade do ex-presidente na participação da tentativa de golpe de Estado.   Caso seja condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado, a pena pode passar de 40 anos de prisão.

 

 

 

Fonte: www.gazetadigital.com.br


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