Mauro menospreza R$ 30 bilhões para empresas afetadas pelo tarifaço; ‘solução temporária’

Mauro menospreza R$ 30 bilhões para empresas afetadas pelo tarifaço; ‘solução temporária’
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O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), minimizou a Medida Provisária ‘Brasil Soberano’, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai destinar R$ 30 bilhões às empresas afetadas pelo tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mesmo diante do montante anunciado para ‘socorrer’ os setores, o governador afirmou que a medida não resolverá o problema.

Em entrevista à imprensa, nesta quinta-feira (14), o governador afirmou que o crédito ofertado pelo Governo Federal será como medida paliativa e não definitiva, que segundo ele, era esperado pelo setor. O governador criticou a forma como o governo está lidando com a crise econômica, que afeta a exportação das empresas.

Mendes chega aplicar uma metáfora para explicar seu ponto de vista. Ao comentar as ações do governo, comparou-as como remédios para dor de cabeça, que de início possuem resultados, mas não agem diretamente no problema, como soluções temporárias.

“Eu vi ontem anúncio no pacote, é um pouco de financiamento, é uma postergação de prazo para pagamento de impostos, mas são medidas paliativas. É como você ter um câncer, um diagnóstico de câncer e começar a tomar dipirona, Novalgina ou algum chá. É bom, vai aliviar a dor no primeiro momento? Vai, mas não vai resolver o problema”, disse.

Mais uma vez, o governador defende que o presidente Lula encabece negociações diretas com o governo americano, para não estancar uma crise diplomática mais à frente.

“Nós temos aqui, de alguma forma, com o diálogo, construir uma solução para esse problema. Não é se ausentando dele ou ficar tomando as medidas paliativas aqui que vai resolver. Porque se o embargo continuar, se essa crise diplomática com os Estados Unidos aumentar, isso vai ser muito ruim. O governo está correto quando ele faz alguma medida, eu louvo isso, mas a medida mais correta é insistir no diálogo e fazer um diálogo para tentar evitar que essa escalada continue”, disparou.

Ainda dentro do assunto de tarifaço, o governador voltou atrás e negou que ele e os oito governadores que se encontraram na semana passada, em Brasília, pressionarão o governo federal, como dito por ele à imprensa nacional. Para ele, a reunião serviu para buscarem estratégias na condução da exportação dos produtos de cada estado aos Estados Unidos.

“Eu procuro sempre ter uma relação respeitosa com quem está ocupando os cargos, respeito aqui a Assembleia Legislativa, Ministério Público, Tribunal de Justiça, assim como eu tenho que tratar com respeito o governo federal. Eu posso até discordar de alguém ou de alguma pessoa, posso até discordar de alguma decisão do Supremo, como muitas pessoas podem discordar das minhas decisões, mas nós temos que ter um ambiente de diálogo aberto, franco e respeitoso. Fomos lá para conversar sobre a conjuntura econômica, sobre essas consequências do tarifaço e o que nós, estados, podemos fazer e, principalmente, cobrar mais disposição”, finaliza.

 

 

 

Fonte: www.gazetadigital.com.br


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