O governador de Mato Grosso Mauro Mendes (UB) voltou a criticar os pedidos por intervenção federal feitos por manifestantes contrários ao resultado das eleições no segundo turno, que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 30. Depois das rodovias, os pontos de encontro, agora, são os batalhões do Exército.
“A meu ver não tem o menor cabimento, é uma manifestação de um desejo que não tem âncora em nenhuma realidade, não tem âncora na verdade, em nada. É o desejo de algumas pessoas, e eu lamento que elas estejam descoladas da realidade, da verdade e da legalidade”, criticou Mendes.
A intervenção federal se difere da intervenção militar. Está prevista na Constituição, mas não como mecanismo para reverter ou anular o resultado de uma eleição democrática.
Sobre o fechamento das rodovias, o governador: “Protestos feitos dentro da lei, com ordem, com respeito, são sempre compreendidos. Não pode exceder, não pode tirar o direito de ir e vir das pessoas para reivindicar o seu direito. Se você tira o direito das pessoas para reivindicar o seu direito, que moral você tem para fazer isso? Eu não posso concordar e não concordo”, disse Mauro. “Eu acho que todo cidadão que quer protestar e fizer isso de forma democrática, respeitosa e sem cercear o direito de outras pessoas. Isso tem que ser tolerado em qualquer canto, em qualquer campo. O que não pode querer causar transtornos”, completou.
Fonte: agoramt.com.br