Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em Mato Grosso sente o nocaute com a saída de lideranças que garantiam a sustentação da sigla, enfrenta momentos de fragilidade e tenta se manter em pé.
A situação é reconhecida pelo presidente do “ninho tucano” no Estado, deputado Carlos Avallone.
“Eu nunca sai do mesmo lugar onde estou. Eu não sou candidato que chega próximo da eleição e avalia qual o melhor partido para entrar e ganhar a eleição. Sou presidente do partido e tento atrair pessoas e dar mais força ao partido nas eleições”, disse em recente entrevista ao programa A Tribuna (rádio Vila Real, 98.3 FM).
Desde a saída do ex-governador Pedro Taques, que deixou a legenda após amargar uma intensa derrota em sua reeleição ao Palácio Paiaguás, o PSDB vem perdendo governabilidade no Estado.
O partido que comandou a máquina pública de Mato Grosso por quatro anos, agora conta pouco mais de 9 prefeitos e vice prefeitos, 100 vereadores e um deputado estadual na Assembleia Legislativa, que é justamente Avallone.
O último a “abandonar o barco” foi deputado Wilson Santos. O parlamentar permaneceu na legenda por mais de 20 anos, aproveitou o período da janela partidária para migrar ao PSD, onde vai tentar renovar o seu mandato.
Toda a situação é vista com desprezo pelo sobrevivente tucano. “Eu já estou acostumado a ter o PSDB grande como estava agora com Pedro Taques com 45 prefeitos e pequeno como estamos agora. Nós perdemos a eleição e um ano depois a gente tinha 15, elegemos 11 e agora estamos com 9”, acrescentou.
Apesar dos momentos de altos e baixo, Avallone espera pelos momentos de “ovos de ouro” no ninho tucano e aponta que grandes mudanças estão ligadas à legislação eleitoral. “A tal da fidelidade é triste, aí você tem a janela partidária que permite a troca de partido”.
Fonte: folhamax.com