A história de Hélio Ribas, o primeiro aluno do Cuiabá-Vest aprovado para Direito na UFMT
Há exatos 20 anos, em 27 de dezembro de 2005, na edição de número 11.403, o DIÁRIO trazia a notícia intitulada “Cursinho comunitário aprova 37 na UFMT”.
Na lista da primeira turma de aprovados de um dos vestibulares mais concorridos do país, estava o nome de Hélio Rodrigues Ribas, então com 38 anos.
Recém-ingressado do serviço público, em um concurso que exigia formação de nível médio, de agente prisional, Hélio tinha o sonho de fazer a faculdade de Direito.
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Sem dinheiro, a oportunidade de se preparar para o curso que queria surgiu com o cursinho oferecido pela Prefeitura de Cuiabá.
A aprovação para Direito, além de ser notícia de destaque na imprensa, foi muito celebrada em família
.Durante cinco anos, Hélio conciliou a faculdade com o emprego público.
Aos 58 anos, casado, três filhos e dois netos, Hélio continua trabalhando como policial penal.
Formou-se, mas decidiu continuar na carreira como servidor do sistema prisional de Mato Grosso
.Ele conta que decidiu seguir carreira na advocacia, como era de se esperar.
“A faculdade me abriu portas dentro na minha carreira”, argumenta.
Ele conta que, no último ano da faculdade, em 2010, foi designado para atuar na Corregedoria.
Na unidade de correção profissional, uma das tarefas dele era dar aulas para os novos agentes prisionais.
Ele ensinava sobre normas da profissão, abordando temas como os riscos de desvio de conduta e suas implicações legais.
“Permaneci por 10 anos na Corregedoria e conquistei a profissão”, analisa ele.
Além de contribuir para ascender na carreira, Hélio diz que a faculdade o ajudou a realizar outro sonho: ser escritor.
Hélio já escreveu diversos livros, alguns deles estão publicados em uma plataforma online (Amazon).
“A conversão de Leonel Domênico Mário” é uma história cristã, enquanto “Chosco Tosco – Guerra de Gigantes” é uma paródia medieval do Brasil.
Seu livro mais recente, “A abelha e o circo”, foi publicado em agosto deste ano.
Esse narra a vida de Júlia Castello, uma garota de doze anos, em suas descobertas e confusões da pré-adolescência.
Aos 58 anos, casado, três filhos e dois netos, Hélio continua trabalhando como policial penal.
A nomenclatura da carreira dele mudou, passou de agente para policial penal.
A legislação que regulamenta a carreira no sistema prisional mato-grossense mudou e passou a exigir formação de nível superior.
Há exatos 20 anos, em 27 de dezembro de 2005, na edição de número 11.403, o DIÁRIO trazia a notícia sobre a aprovação de alunos do Cuiabá Vest
Atualmente, ele está no Fórum de Cuiabá, no Centro Político Administrativo (CPA).
Hélio Rodrigues Ribas atende no setor onde chegam os presos que vão ser submetidos à audiência de custódia.
CUIABÁ-VEST – Era um serviço preparatório para o vestibular destinado aos alunos carentes.
Quem não tinha condições de pagar mensalidade de cursinhos privados frequentava as aulas do Cuiabá-Vest.
Em meio à mudança de gestão na Prefeitura da Capital e discussões polêmicas, ocorreu a extinção da Fundação Educacional de Cuiabá (Funec), órgão mantenedor do cursinho.
O Cuiabá-Vest encerrou as atividades em 2014.
Fonte: www.diariodecuiaba.com.br