O registro de casos de Síndrome Respiratória Grave permanece em níveis elevados no Estado, o que reforça a importância da vacinação contra a influenza
Das 27 unidades da Federação, somente Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima seguem com tendência de aumento do número de hospitalizações por Síndrome Respiratória Grave (SRAG).
Esse indício de crescimento dos casos é apontado pelo InfoGripe, uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento dos casos de SRAG no país.
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“Por isso, a gente reforça a importância da vacinação contra a influenza. O SUS disponibiliza a vacina de graça para os grupos prioritários, então é fundamental que todos estejam vacinados. Mesmo que você já tenha tido gripe este ano, é importante se vacinar, já que a vacina protege contra os três principais tipos de vírus da influenza que infectam humanos”, recomendou a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe.
Na maior parte do país, conforme o levantamento divulgado quinta-feira (3), as notificações de SRAG permanece em níveis elevados.
Conforme a Fiocruz, os vírus que têm causado essa alta continuam sendo a influenza A e/ou o vírus sincicial respiratório (VSR).
“A influenza A segue como a principal causa de hospitalizações e óbitos por SRAG entre os idosos”, traz o boletim.
Cenário semelhante é verificado entre as crianças pequenas.
Neste caso, Mato Grosso, Pará, Paraná e Rondônia ainda apresentam aumento dos casos de SRAG associados ao VSR entre os pequeninos.
O InfoGripe, com dados atualizados semanalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), oferece suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações, preparações e resposta a eventos de saúde pública.
Apesar do avanço dos casos graves da gripe a procura pela vacinação segue abaixo do considerado ideal no Estado. No início deste mês, a Secretaria de Estado de Saúde liberou as doses do imunizante contra a doença para todas as pessoas que procurarem os postos de saúde.
A imunização começou para o público prioritário e grupos estratégicos em abril e continuará durante todo o ano para quem tem mais de seis meses de idade.
Fazem parte dos grupos prioritário e estratégico crianças, idosos, gestantes, puérperas, indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua, entre outros.
No Estado, a vacinação começou em abril passado, sendo que ainda em maio passado o Ministério da Saúde flexibilizou a ampliação para toda população.
Segundo a SES-MT, mais de 1,1 milhão de doses foram distribuídas aos municípios, responsáveis pela aplicação das doses.
No entanto, até o início deste mês, apenas 536.414 doses foram aplicadas no Estado.
Até então, a cobertura vacinal do grupo prioritário estava em 36,2%, abaixo da cobertura nacional (42,1%). O percentual considerado ideal é de 90%.
A vacina imuniza contra três tipos de vírus da influenza e é fundamental para reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções. Consequentemente, a imunização pode ajudar a reduzir a sobrecarga dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: www.diariodecuiaba.com.br