MT: EDUCAÇÃO Abilio Brunini avisa que mil 4 crianças ficarão sem aulas este ano

Com déficit de 4 mil vagas, crianças ficarão fora das salas de aula neste ano na Capital. A informação é do próprio prefeito Abilio Brunini (PL), que admite que não conseguirá atender toda a demanda do sistema educacional neste ano.
Para tentar reduzir esse número, o liberal afirma que vai buscar uma parceria com escolas privadas, e promete que irá trabalhar para solucionar o problema para o próximo ano.
“Com certeza faltará vagas. A gente está dimensionando como vai ser a oferta versus a demanda. Há um déficit de aproximadamente 4 mil crianças fora de sala de aula na rede pública que acabam tendo que buscar outros caminhos para ter educação. A gente tem que fazer um trabalho para sanar essa diferença e melhorar o acesso. Vamos buscar uma parceria durante o ano para construir isso com a iniciativa privada, observando um processo para poder disponibilizar vagas na rede privada, só que nesse momento a gente ainda não tem”, disse o prefeito nesta terça-feira (21).
Ele afirma que não há muito o que se fazer neste ano, uma vez que todo o planejamento do ano letivo 2025 foi fwito no ano passado, pela gestão anterior. Além disso, frisa que enfrenta um grave problema financeiro por dívidas milionárias.
“Não sei o valor total, mas tem bastante coisa para pagar. Contrato de prestação de serviço, contrato de obras, contrato das CADs. Então, estamos tendo que lidar com tudo isso”, completa.
Com relação a parcerias com a rede privada de ensino, Abilio explica que a intenção garantir um número pré-determinados em algumas instituições e, em contrapartida, o município ofertaria desconto de 50% no pagamento do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS).
Para que isso ocorra, o Executivo Municipal deve encaminhar um projeto de lei para ser aprovado na Câmara de Vereadores.
Acontece que a gestão encontra-se em estado de calamidade financeira, o que impede que o Executivo proponha projetos de renúncia de receita. É por isso que Abilio garante que essa parceria com as redes privadas será colocada em prática apenas em 2026.
“Nós temos um caixa para equilibrar e a Educação faz parte da situação econômica que nós estamos passando. (…) Como estamos em um momento de calamidade financeira, a gente não pode apresentar nenhum projeto de lei que envolva a renúncia da receita dessas unidades escolares. Então a gente vai ter que aguardar passar essa situação pra gente apresentar [o projeto de lei]. Provavelmente, a partir do ano que vem a gente já deve ter isso em prática”, finalizou.

Fonte:  www.diariodecuiaba.com.br