MT: XADREZ PARA 2026: Taques disputará Senado e reforçará palanque de Lula em MT

MT:  XADREZ PARA 2026:    Taques disputará Senado e reforçará palanque de Lula em MT
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Ex-aliados, o ex-governador, Mauro Mendes e Otaviano Pivetta vão se enfrentar nas urnas. Na pauta, segredos do passado

Pedro Taques teve a pré-candidatura ao Senado lançada pelo PT, com o “aval” de Lula

O ex-procurador e ex-governador Pedro Taques teve lançada, no domingo (15), em Cuiabá, sua pré-candidatura a uma das duas vagas que Mato Grosso terá direito no Senado, a partir de 2027. O lançamento foi feito pelo presidente do nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, segundo ele, “com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”.

Ele fará “dobradinha” com o ministro da Agricultura e Pecuária, senador licenciado Carlos Fávaro (PSD), na disputa eleitoral de 2026.

Taques é um dos mais ácidos adversários do governador Mauro Mendes (União Brasil), com duras e contundentes denúncias contra o chefe do Poder Executivo, que evita responder, conforme analistas, num misto de cumplicidade e de parcialidade.

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A candidatura do ex-governador Senado reforça o palanque o presidente da República em Mato Grosso, que, provavelmente, terá como candidata a governadora a médica Natasha Slhessarenko (PSD), novata em política eleitoral. É filha da ex-senadora e ex-deputada estadual Serys Slhessarenko, que, durante muitos anos, militou na linha de frente do PT.

A postulação reforça ainda a oposição ao grupo de Mauro, que está capenga e rachado, em razão da posição adotada pelo senador Jayme Campos de disputar o Governo do Estado, confrontando diretamente o governador e seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), anunciado como candidato preferido do atual chefe do Poder Executivo.

Taques passou a fazer parte do contexto político-eleitoral de 2026 com o convite do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), para que se filie à sigla e dispute as eleições majoritárias em Mato Grosso. Ele não escondeu de ninguém que aguarda apenas a saída do presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi, que, ainda no primeiro semestre deste ano, anunciou que estaria migrando para o Podemos, diante da postura do PSB em seguir apoiando o presidente Lula e sua gestão.

O problema é que o então operador do Direito, que ganhou notoriedade nacional no inicio dos anos 2000, ao empreende, com o juiz federal Julier Sebastião, uma dura caçada ao então comendador João Arcanjo Ribeiro, acabou se tornando político. Ele abandonou a carreira jurídica, que voltou a exercer após oito anos de mandato eletivo e depois de ser derrotado. Foi o primeiro governador de Mato Grosso que se candidatou no exercício do mandato e perdeu a eleição.

A queda do bicheiro Arcanjo levou a uma sequência de outras operações envolvendo o mundo político de Mato Grosso, e tornou Pedro Taques um símbolo de combate ao crime organizado e à corrupção.

O ex-procurador da República, ex-senador e ex-governador de Mato Grosso, Pedro Taques se elegeu ao Palácio Paiaguás em 2014, tendo como companheiro de chapa o atual ministro e senador Carlos Fávaro (PSD), além do  então deputado federal, que se candidatou pela primeira vez para o Senado, Wellington Fagundes (hoje PL), em uma verdadeira “salada eleitoral”.

Taques sucedeu a Silval Barbosa (MDB), que havia sido vice-governador de Blairo Maggi (PP) e assumiu no último ano do segundo mandato e se reelegeu governador.

Em 2010, ele foi eleito senador compondo chapa com o então candidato a governador Mauro Mendes, que acabou derrotado, também chegou ao Palácio Paiaguás com o apoio do atual governador e seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), além de outros líderes políticos, como o senador Jayme Campos, que chegou a colocar sua candidatura à reeleição, foi aprovado em convenção, mas, de última hora, saiu da disputa, abrindo então a possibilidade que se tornou real da eleição de Wellington Fagundes.

Mauro Mendes, após desistir em disputar a reeleição para a Prefeitura de Cuiabá, em 2016, se preparou para disputar o Governo do Estado em 2018, se sagrando vencedor e derrotando Taques, que ficou atrás dele e de Wellington Fagundes (PL), seus outrora aliados.

Pedro Taques manifesta aos mais próximos sua disposição em voltar ao mundo político se candidatando ao Senado. E aposta nos votos daqueles descontentes com o Governo Mauro Mendes, e no eleitorado de direita, que, seguidamente, tem votado em candidatos ligados ao bolsonarismo.

A determinação é tamanha, que ele não passa um dia sem criticar durante a atual gestão.

Certo é que ele não vai dar trégua aos adversários, e a campanha eleitoral, como sempre, todo mundo sabe como começa, mas ninguém sabe como termina.

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, anunciou, durante ato de filiação da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), o apoio à pré-candidatura ao Senado de Pedro Taques.

Segundo Edinho, o nome de Taques deve fortalecer a base do presidente Lula em Mato Grosso.

Ao defender a construção de um palanque forte no Estado para a reeleição de Lula, o dirigente afirmou que a federação pretende disputar o eleitorado mato-grossense e citou Taques diretamente.

“Nós vamos eleger o Pedro Taques porque ele está do lado certo da história nesse momento”, declarou.

A declaração ocorreu no contexto de críticas à narrativa de que Mato Grosso seria um Estado majoritariamente de direita.

Segundo Edinho Silva, o Estado tem histórico de defesa da democracia e precisa ser tratado como estratégico no projeto nacional do partido. Ele também defendeu a ampliação das bancadas federal e estadual alinhadas ao Governo Lula.

Fonte    www.diariodecuiaba.com.br


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