O que se sabe sobre as bases bioquímicas da doença de Alzheimer?

O que se sabe sobre as bases bioquímicas da doença de Alzheimer?
Compartilhar

 

A doença de Alzheimer é uma enfermidade neurodegenerativa que afeta o cérebro, causando perda de memória, alterações no comportamento e dificuldades cognitivas. Embora as causas exatas ainda não estejam totalmente esclarecidas, a ciência hoje sabe que o acúmulo de uma pequena proteína chamada de beta-amiloide (Aβ) no cérebro é um dos principais eventos associados ao desenvolvimento da doença. Todos nós possuímos naturalmente a proteína Aβ no cérebro mas, em alguns idosos, a dificuldade em descartá-la adequadamente parece levar ao seu acúmulo indevido. Tal acúmulo interfere no funcionamento de neurônios e outras células cerebrais, o que prejudica a memória e pode levar a sintomas também frequentes como ansiedade, apatia e comportamento depressivo. Com o avanço da doença, uma outra proteína chamada tau se acumula dentro dos neurônios, contribuindo ainda para o surgimento de distúrbios do sono, agitação e dificuldades motoras.

Embora a maioria dos casos não tenha causa definida, fatores genéticos também influenciam o risco. Algumas variantes dos genes Apoe e Trem2, por exemplo, aumentam a chance de desenvolver a doença. Por isso, cientistas seguem em busca de marcadores genéticos e moleculares confiáveis que possam prever o risco de Alzheimer antes dos sintomas, possibilitando intervenções precoces e, quem sabe, a prevenção da doença no futuro.

A combinação da toxicidade do Aβ e de tau leva ao mau funcionamento dos neurônios – e das conexões entre eles chamadas de sinapses – além de alterar a função de outras células do cérebro, como astrócitos e microglias. Essas células normalmente fornecem suporte para o funcionamento dos neurônios, mas em cenários como este acabam tendo papéis prejudiciais a eles. Assim, as sinapses são desfeitas e as memórias são progressivamente perdidas. Hoje sabemos também que alterações no metabolismo do cérebro (e também do corpo todo) podem ser importantes para a vulnerabilidade ao Alzheimer. Por isso, é importante cuidar da saúde e adotar medidas que são preventivas, como realizar exercícios físicos regulares, manter uma alimentação saudável e uma boa qualidade de sono.

Fonte: cienciahoje.org.br

Compartilhar
0 0
Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %