A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), admitiu nesta quarta-feira (16) viver um dilema político entre o apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e a lealdade partidária ao senador Wellington Fagundes (PL), que tenta consolidar seu nome como pré-candidato ao governo de Mato Grosso.
Durante conversa com a imprensa, Moretti afirmou que mantém relação próxima com Pivetta, a quem credita apoio constante à gestão municipal, mas ressaltou que seguirá a decisão da cúpula do Partido Liberal, comandado nacionalmente por Valdemar Costa Neto.
“Não vou mentir que o Pivetta me dá muito apoio aqui na prefeitura. Eu sou muito grata. Gostaria muito de apoiá-lo, mas sou partidária, sou PL. Claro que a gente torce para que o PL, junto ao Pivetta e ao Mauro se unam em uma grande chapa, porque iremos revolucionar não só o estado. A decisão é com o presidente estadual e nacional. Ele sabe do meu carinho por ele e estamos lutando por isso”, afirmou a prefeita.
O impasse reflete o momento de divergência interna no PL, que ainda não definiu se manterá candidatura própria ao governo ou se comporá aliança com o grupo do governador Mauro Mendes (União Brasil) e de Pivetta, provável nome apoiado pelo Palácio Paiaguás.
Moretti reforçou o respeito ao senador Wellington Fagundes, a quem reconhece trajetória política e experiência no Congresso, mas destacou que não pretende se antecipar à decisão partidária.
“Wellington Fagundes é um pré-candidato, possui história com o governo, com o Senado, mas sou partidária e prefiro deixar o partido destinar a decisão”, ponderou.
Nos bastidores, lideranças do PL em Mato Grosso têm defendido a unificação das forças internas para evitar um racha no partido. O próprio presidente Valdemar Costa Neto, em recentes declarações, pediu “união e cautela” aos filiados no estado até que a direção nacional defina o rumo da sigla.
Com a aproximação das convenções partidárias, a posição de Moretti que administra o segundo maior município de Mato Grosso é vista como estratégica. Sua eventual adesão à base de Pivetta reforçaria o grupo governista, mas uma permanência ao lado de Fagundes manteria viva a pretensão do PL de disputar o comando do Palácio Paiaguás em 2026.
Fonte: www.gazetadigital.com.br
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