Abel cita Fernando Lázaro e reclama de pressão em treinadores no Brasil: “Até o Guardiola foge daqui”

Abel cita Fernando Lázaro e reclama de pressão em treinadores no Brasil: “Até o Guardiola foge daqui”
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Após a vitória do Palmeiras para cima do Cerro Porteño por 2 a 1, na última quinta-feira, o técnico Abel Ferreira voltou a criticar o calendário brasileiro e a pressão que os treinadores que atuam no país sofrem.

Tudo começou quando Abel foi questionado sobre como os jogos longe do Allianz Parque — mandou a partida pela Libertadores no Morumbi e, agora, vai jogar contra Vasco e Tombense fora de casa — poderiam atrapalhar o Verdão em um calendário cheio.

“É o campeonato que temos, é a programação que temos. Não há outra forma de dizer. Depois falam: “poxa, a equipe não está tão fresca”… sim, pois não descansamos. Temos seis ou sete jogadores lesionados, felizmente hoje acho que ninguém se lesionou”, relatou Abel.

“Na Europa, isso é impossível de acontecer. Mas aqui, a gente vai, a gente joga, a gente dá o nosso melhor. E um jogo de cada vez. Depois querem jogos intensos, qualidade de jogo, querem que as equipes façam seis ou sete gols… a única coisa que peço é o que disse a minha diretoria: que dessem ao menos três dias para termos um descanso completo. Mas não é assim que funciona, vamos continuar a subir montanhas”, prosseguiu.

Foi neste ponto da resposta que, para ilustrar a pressão que o calendário brasileiro — repleto de jogos — exerce nos treinadores, o comandante alviverde citou o ex-técnico do Corinthians, Fernando Lázaro.

“O que vai dar a seguir, não interessa, porque vocês (imprensa) não querem saber. Os treinadores são demitidos, alguém quer saber? Alguém perguntou ao (Fernando) Lázaro se tinha tempo para treinar, para recuperar os jogadores, quais lesões que ele tinha de lidar? Alguém quer saber? Vocês colocam pressão nas diretorias, quem despede os treinadores primeiro são vocês. Vocês influenciam as diretorias”, disparou.

“O que vocês jornalistas têm que ver é: em um período de 10 anos, quais foram as equipes que trocaram de treinador e que conseguiram reverter resultados? Porque não há milagres. Estávamos falando com nossos assistentes, que são brasileiros: ó, já tá 2 a 2 — foram dois portugueses e dois brasileiros (demitidos: Vitor Pereira e António Oliveira; Rogério Ceni e Fernando Lázaro). Com a quantidade de jogos que há, as pessoas querem o quê? Estão esperando que ganhem todos? O Palmeiras, o São Paulo, o Corinthians, o Flamengo? Só um pode ganhar. Só um. As pessoas não entendem isso. Até o Guardiola foge daqui do Brasil, nem o Guardiola quer vir”, concluiu Abel.

Fonte:  gazetaesportiva.com


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