Abel Ferreira admite que avião de Leila Pereira ajuda Palmeiras “nas viagens e na recuperação”

Abel Ferreira admite que avião de Leila Pereira ajuda Palmeiras “nas viagens e na recuperação”
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O avião que Leila Pereira comprou para uso do Palmeiras causou polêmica entre os torcedores do clube palestrino, principalmente devido à falta de reforços contratados na última janela de transferências. Mas, ao menos para o técnico Abel Ferreira, há um benefício claro na utilização da aeronave.

Segundo o treinador do Verdão, a logística facilitada ajuda — e muito — o Alviverde.

Em entrevista coletiva concedida após a vitória contra o Cuiabá, por 2 a 0, na Arena Pantanal — em duelo válido pela 20ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro —, Abel aproveitou para, mais uma vez, criticar alguns aspectos do futebol nacional.

“Felizmente, o Palmeiras sempre teve esse cuidado. Já com a presidente Leila, tivemos acesso a aviões Charter. Ela comprou um avião e pronto, logicamente nos ajuda muito — seja na logística, seja na forma com que organizamos as nossas viagens. Com a quantidade de viagens que temos, diferença de temperatura, quantidade de jogos… é verdade que foi feita uma coisa boa, com as Datas Fifa. Só que uma coisa não mudou: o número de jogos. Temos uma semana de descanso, mas depois os jogos ‘encavalam’. A única coisa que se fez foi deixar a Data Fifa livre. O que sempre reclamamos e pedimos é que haja um intervalo entre os jogos suficiente para recuperar os jogadores e não termos lesões. Aconteceu muito isso na Europa, agora. Estão começando a sentir na pele o que é jogar de dois em dois dias. Fico feliz de ver vários treinadores por lá queixando-se disso, porque é insano” apontou.

“Se queremos ver os melhores jogadores, o espetáculo, temos que criar condições. Mas isso obriga uma organização muito forte, tomada difícil de decisões, mas que poderiam tornar o espetáculo do futebol brasileiro mais fácil. Mas essas são questões muito profundas, não é minha função, e pronto. O importante é que temos mais uma hipótese de ter um avião que nos ajuda nas viagens e na recuperação. De certa forma, já fazíamos isso antes. O avião não é nosso, é da Leila”, finalizou Abel.

Confira todas as respostas de Abel Ferreira na entrevista coletiva:

Análise do jogo e diminuição da vantagem do Botafogo

“O que posso dizer é que jogamos na máxima força. Independentemente da opinião de vocês, que é de vocês, todas as escolhas que faço em todos os jogos é para, sempre, jogar na máxima força. Foi o que fizemos aqui hoje. Felizmente, hoje, o resultado foi condizente com a exibição. Conseguimos produzir em um gramado fraco. Foram muitas oportunidades e, em um gramado com condições… mesmo para o próprio adversário, que teve uma oportunidade no primeiro tempo na zona do pênalti, talvez em um gramado com condições a bola não teria saltado antes. Assim como para nós, mas pronto, é o que temos. Fizemos um belo jogo, em que o resultado foi positivo e esta era a nossa intenção. Em relação à distância, o Botafogo tem uma margem super confortável para perder jogos e ainda continuar à frente. (Vitória) não altera nada daquilo que disse com relação ao Botafogo, tem tudo para ser campeão neste ano, já falei isso. Nossa obsessão tem que ser em melhorar nossos processos, crescermos, sermos melhores.”

Avião de Leila Pereira facilita a logística?

“Felizmente, o Palmeiras sempre teve esse cuidado. Já com a presidente Leila, tivemos acesso a aviões Charter. Ela comprou um avião e pronto, logicamente nos ajuda muito — seja na logística, seja na forma com que organizamos as nossas viagens. Com a quantidade de viagens que temos, diferença de temperatura, quantidade de jogos… é verdade que foi feita uma coisa boa, com as Datas Fifa. Só que uma coisa não mudou: o número de jogos. Temos uma semana de descanso, mas depois os jogos ‘encavalam’. A única coisa que se fez foi deixar a Data Fifa livre. O que sempre reclamamos e pedimos é que haja um intervalo entre os jogos suficiente para recuperar os jogadores e não termos lesões. Aconteceu muito isso na Europa, agora. Estão começando a sentir na pele o que é jogar de dois em dois dias. Fico feliz de ver vários treinadores por lá queixando-se disso, porque é insano. Se queremos ver os melhores jogadores, o espetáculo, temos que criar condições. Mas isso obriga uma organização muito forte, tomada difícil de decisões, mas que poderiam tornar o espetáculo do futebol brasileiro mais fácil. Mas essas são questões muito profundas, não é minha função, e pronto. O importante é que temos mais uma hipótese de ter um avião que nos ajuda nas viagens e na recuperação. De certa forma, já fazíamos isso antes. O avião não é nosso, é da Leila.”

Dudu está 100%? Palmeiras vai priorizar a Libertadores?

“O Palmeiras não prioriza nada, joga sempre na máxima força. Só que, em virtude da quantidade insana de jogos, é impossível. Não é só o Palmeiras, outras equipes também. É verdade que no meio desse ano houve uma alteração da regra com relação aos estrangeiros, que foi feita depois da temporada começar — e tivemos que tomar a decisão de mandar jogadores embora, porque tínhamos estrangeiros a mais. Foi o que fizemos com o Merentiel, que foi para o Boca Juniors. Se essa regra tivesse vindo mais cedo, talvez não faríamos esse empréstimo. Quando se quer, dá para mudar as regras e melhorar. Tem tudo a ver com isso. Em relação ao Dudu, é um dia de cada vez. Não sei e não posso te dizer nada neste momento.”

Presença da torcida do Palmeiras na Arena Pantanal

“Agradeço mais uma vez. Felizmente, desde que chegamos, os verdadeiros torcedores — aqueles que estão de alma e coração com o Palmeiras nas vitórias, derrotas e empates —, que gostam realmente dos nossos jogadores, estes que eu particularmente me identifico. Da minha parte, muito obrigado. Vimos quando chegamos ao hotel, mas isso é desde sempre. Fico muito feliz por ver esse carinho. Apoiar quando estamos bem é muito fácil. Jogam sempre para ganhar, dão o melhor de si, se esforçam. Só tenho pena de que não sejamos tão exigentes com outros organismos, outras instituições. Se assim fosse, o Campeonato Brasileiro estaria muito melhor. Mas não é só no Brasil, é no mundo também.”

Cabeça de Dudu em momento de lesões

“É um grande jogador, com uma grande história no clube. Nos ajuda sempre que pode, sempre que está disponível. Não sei o que vai acontecer, ele quer sempre nos ajudar. Vamos ver, um dia de cada vez. Quero dar os parabéns a estes jogadores, aos que entraram, aos que se preparam para jogar na ausência dos lesionados. Parabéns pela máxima força que demonstramos aqui, pela forma com que, mais uma vez, fomos capazes de estarmos frescos e capazes de fazer um grande jogo aqui. Foi uma pena o resultado ser tão magro, mas acima de tudo dar os parabéns aos jogadores que estão aqui e que merecem. Temos um líder que, se tudo correr normalmente, será campeão. O que temos que fazer é a obsessão em melhorar os nossos processos. Foi um jogo extraordinário, quer naquilo que tenha a ver com o foco nas tarefas técnico e táticas, quer naquilo que tenha a ver com o desempenho ofensivo.”

Influência do calor e momento de Deyverson

“Hoje, particularmente, senti menos o calor. Dar o obrigado a quem trata disso (risos). Estava um clima até bastante agradável para jogar aqui. Viemos preparados para o ‘bafo’, para essa dificuldade que é o tempo aqui. Felizmente, tudo correu certo, tirando o gramado. Mas enfim, é o que é. Em relação ao Deyverson, é um jogador que está marcado na história do Palmeiras, juntamente com aqueles que o ajudaram a conquistar a Libertadores. Já sei que vocês aqui gostam muito de criar o herói e o vilão. Foi um jogador importante enquanto trabalhou conosco. Tivemos que tomar uma decisão entre ele e o Borja e, felizmente, a decisão foi muito bem tomada. Agradecer a ele por tudo que fez pelo Palmeiras enquanto eu fui o treinador, por tudo aquilo que nos ajudou. Gravou o nome dele na história do clube como todos os outros e desejo toda a sorte do mundo. É um menino grande, um ‘moleque’ grande, com um coração enorme. Desejo muita saúde, cabeça e que desfrute a cabeça. Todos nós que aqui estamos tem tempo limitado.”

Projeção do duelo contra o Deportivo Pereira

“Queria dizer que só estou no cargo porque nós ganhamos. Isso é muito pragmático: só sou o treinador o tempo que sou porque ganhei. Se não ganhasse… isso é muito simples para mim. Futebol é resultado, ponto. Só não me mandaram embora porque ganhei. Um jogo de cada vez. Vamos enfrentar um adversário muito competitivo, muito organizado. Nas observações que já fizemos, percebemos as dificuldades que vamos encontrar. Se estão na competição, é porque tem qualidade. Como eu sempre digo: respeito muito os adversários e isso é uma coisa que está dentro de nós. Temos que dar o nosso melhor, respeitá-los sempre da melhor forma e tem tantas possibilidades deles avançarem, como nós. Até na Copa do Brasil, que queríamos muito, fomos eliminados. Infelizmente não passamos, mas temos essa ambição em toda competição que entramos. Respeitar muito o nosso adversário e vamos passar dificuldades.”

 

 

 

 

Fonte: www.gazetaesportiva.com


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