Segundo estudos revisados pela equipe da Organização Mundial de Saúde (OMS), nenhum adoçante apresenta evidências científicas que comprovam benefícios a longo prazo. Principalmente, em relação ao controle do peso ou para reduzir chances de doenças, como diabetes e problemas cardíacos.
A recomendação do adoçante continua apenas para pessoas que já foram diagnosticadas com algum tipo de diabetes.
O novo alerta da OMS foi baseado em uma revisão sistemática de estudos realizados nos últimos meses, criados para procurar evidências sobre o benefício do uso de adoçantes artificiais no controle de peso e na prevenção de doenças. Ao todo, eles se basearam em mais de 190 estudos para entender os efeitos dos adoçantes, entre ensaios randomizados, pesquisas controladas, entre outros tipos de observações.
A pesquisa incluiu adoçantes como ciclamatos, neotame, sacarina, sucralose, estévia e outros derivados de estévia. Ou seja, todos os adoçantes sintéticos, naturais ou modificados que não sejam classificados como açucares.
A análise também destaca que podem ocorrer possíveis efeitos indesejáveis aos indivíduos que utilizarem adoçantes por um longo período, por exemplo, o aumento do risco de diabetes tipo 2 e de doenças cardiovasculares. O uso de adoçantes só continua sendo indicado para pessoas com diabetes pré-existente.
Diversos estudos sugerem que o adoçante não tem valor nutricional e não oferece nenhum benefício a longo prazo.
“Substituir açúcares livres por NSS não ajuda no controle de peso a longo prazo. As pessoas precisam considerar outras maneiras de reduzir a ingestão de açúcares livres, como consumir alimentos com açúcares naturais, como frutas, ou alimentos e bebidas sem açúcar. NSS não são fatores dietéticos essenciais e não têm valor nutricional. As pessoas devem reduzir completamente a doçura da dieta, começando cedo na vida, para melhorar sua saúde”, disse o diretor de nutrição e segurança alimentar da OMS, Francesco Branca.
Como substituir o adoçante?
Para substituir os adoçantes, a recomendação é optar por produtos com açúcar de baixa caloria e álcool de açúcar, como eritritol e xilitol. No caso do café, é possível adicionar uma pitada de sal para reduzir o amargor da bebida e, assim, evitar o açúcar. No geral, a OMS recomenda o consumo máximo de 10% da ingestão diária de energia em açúcar, equivalente a 50 gramas ou dez colheres de chá de açúcar.
A nova diretriz da OMS não se aplica ao uso de produtos de higiene com adoçantes em sua composição, como creme para a pele, pastas dentais, entre outros. A recomendação faz parte das diretrizes internacionais da OMS que visam estabelecer hábitos alimentares saudáveis e reduzir o risco de doenças não transmissíveis.
Fonte: tecmundo.com.br