Conforme associação, número de vítimas da modalidade cresceu nos dois últimos meses
Uma nova modalidade de golpe tem deixado donos de restaurantes da Capital no prejuízo nos últimos dois meses. Fingindo serem clientes, criminosos fazem encomendas por delivery e “pagam” mostrando comprovantes falsos.
Segundo a presidente da Associação de Bares e Restaurantes Lorenna Bezerra, de 43 anos, o número de vítimas dessa modalidade aumentou consideravelmente nos meses de maio e abril.
Os pedidos são feitos por ligação ou via aplicativo de mensagens, como se fosse uma requisição normal. A pessoa comunica que o pagamento será via Pix e envia um comprovante falso ao atendente.
“Na correria do dia a dia, do volume de pedidos, a operadora não percebe que se trata de um comprovante falso e acaba concluindo a entrega”, esclarece Lorenna, que é proprietária de restaurante.
Lorenna explica que o falso comprovante é muito similar ao original. “Normalmente vem recortados, é uma imagem e não encaminhado direto do banco. Você clica e ele aumenta na tela, é como se tivesse dado um print”.
Apesar de detalhes denunciarem a falsificação, Lorenna alerta de que a única forma 100% eficaz de não cair no golpe é realizando uma conferência do extrato bancário de pagamentos por Pix.
“No aplicativo do banco o empresário pode criar um usuário secundário, onde ele tem acesso às entradas por Pix. Ele cria um acesso para as operadoras, que vão entrar e só ter acesso a esses recebimentos”, explicou.
A operação Pix quando efetuada é uma forma segura de pagamento que, conforme regra do Banco Central, não permite estorno.
Modo de agir
Segundo Lorenna, não há um horário específico ou alvo preferido dos criminosos. Nesse sentido, eles são bastante democráticos e vitimam de pequenos a grandes restaurantes.
De acordo com as denúncias recebidas pela associação, o que foi possível notar é que os pedidos nunca são para uma única pessoa – são sempre combos para três ou mais.
Outra constante é a inclusão de bebidas alcoólicas nos pedidos.
De encomendas de brigadeiros para festa infantil a camarões, alguns estabelecimentos já registraram prejuízo em torno de R$ 1 mil durante o período de um mês.
Também foi alvo
Lorena conta que seu estabelecimento também foi alvo dos criminosos. Na ocasião ela percebeu o golpe no segundo pedido. “Eu percebi porque foi um atrás do outro e na hora eu entrei no delivery e conferi”.
Muito amável no começo, o tom do criminoso mudou quando o golpe foi descoberto e ele não recebeu o pedido.
“Ele começou a cobrar o Pix, queria o dinheiro dele de volta e começou a dar pressão na atendente”, relembrou.
“É preciso avisar o time, passar para as pessoas que estão ali na ponta que isso pode acontecer e está acontecendo, o golpe tá aí”, alertou.
Fonte: www.midianews.com.br
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