Dia da Mulher Negra e Latino-americana: entenda a data comemorativa e conheça inspirações brasileiras!

Dia da Mulher Negra e Latino-americana: entenda a data comemorativa e conheça inspirações brasileiras!
Compartilhar

No dia 25 de julho é comemorado o Dia da mulher negra e latino-americana. Essa data surgiu para trazer a debate a visibilidade das mulheres contra o racismo, opressão, exploração e silenciamento. Confira a nossa matéria e entenda mais sobre a data e sua importância.

Em 1992, foi organizado o primeiro encontro de mulheres afro-latinas-americanas e afro-caribenhas em Santo Domingo, República Dominicana. O evento tinha como principal foco, debater sobre as formas de combater o machismo e o racismo, além de pressionar a Organização das Nações Unidas para assumir a luta e combater de vez a pressão e exploração de gênero.

No Brasil, em 2014, a data foi sancionada como Dia de Tereza de Benquela e da Mulher Negra. Tereza foi uma líder quilombola que se tornou símbolo da resistência do povo negro à escravidão durante o século XVIII.

QUAL A IMPORTÂNCIA DA VISIBILIDADE FEMININA PARA O DIA DA MULHER NEGRA E LATINO-AMERICANA?

As mulheres negras são maioria das vítimas de feminicídio. Em 2020 foi computado que a cada três mulheres mortas no Brasil, duas eram negras, isso representa 61,8% das mortes.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete horas, isso significa que ao menos três mulheres morrem por dia. Os dados crescentes mostram que a visibilidade das mulheres contra a opressão, preconceito e desigualdade se faz necessária cada vez mais.

A representatividade feminina e a visibilidade da causa são extremamente importantes para a luta diária contra o racismo e o machismo. Por isso, o Purepeople escolheu seis personalidades aqui do Brasil para enaltecer e apoiar!

CONCEIÇÃO EVARISTO

Maria da Conceição Evaristo de Brito é uma escritora mineira que trás em suas obras, reflexões sobre a sua experiência como mulher afro-brasileira no Brasil. Ela é mestre em Literatura Brasileira pela PUC-RJ e professora universitária.

Conceição Evaristo nasceu na periferia de Belo Horizonte e conquistou o 3º lugar na categoria Contos e Crônicas do Prêmio Jabuti, em 2015, pela obra “Olhos d’Água”. A autora também recebeu o Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura por toda sua obra e foi a primeira escritora negra a receber essa tal premiação.

No livro “Olhos D’Água“, Conceição Evaristo aborda sobre a pobreza e violência urbana que a cercam no seu dia a dia. Ao longo da obra, as mulheres são retratadas como mães, filhas, avós e amantes, todas diante de dilemas sexuais, sociais e existenciais. Encontre na Amazon por R$25,50 .

DJAMILA RIBEIRO

Djamila Taís Ribeiro dos Santos, de 41 anos, é uma filósofa, jornalista e pesquisadora feminista afro-brasileira com foco de pesquisa nas relações raciais e de gênero. Começou a trabalhar na ONG Casa de Cultura da Mulher Negra aos 18 anos e diante da experiência, começou a estudar questões raciais e de gênero.

É formada em Filosofia na Unifesp e mestre em Filosofia Política na mesma instituição com ênfase no movimento feminista. Em 2020, seu livro “Manual Antirracista” foi o mais vendido em todo o Brasil.

Outra obra para conhecer de Djamila é “Quem tem Medo do Feminismo Negro?“. No livro, a autora recorda a sua infância e explora suas memórias afim de trazer a debate o silenciamento e o processo de apagamento da personalidade por que passou ao longo dos anos. Encontre na Amazon por R$22,18 .

ELZA SOARES

Elza da Conceição Soares foi uma cantora de samba brasileiro mais conhecida como Elza Soares. Junto com Tina Turner, Elza foi nomeada a Cantora do Milênio pela rádio BBC. Através da música, Elza Soares evidenciava a luta contra o machismo, violência contra mulher e o racismo.

No álbum ” A Mulher do Fim do Mundo “, está presente grandes sucessos como “Maria da Vila Matilde”, ” Mulher do Fim do Mundo” e “Coração do Mar”. A principal canção que leva o nome do disco aborda a história pessoal de superação em meio ao caos e à euforia, simbolizados pelo Carnaval. Encontre na Amazon por R$40,00 .

IZA

Isabela Cristina Correia de Lima mais conhecida na indústria da música como Iza é uma cantora, compositora e dançarina brasileira. Sua fama começou quando seus covers de músicas da Beyoncé e Rihanna viralizaram e hoje a cantora conta com diversos singles e indicações à prêmios como o Grammy Latino.

Dona de Mim ” é o álbum de estreia da Iza no mundo da música e conta com 14 músicas, dentre elas “Ginga”, “Dona de Mim” e ” Pesadão” em parceria com o cantor do Rappa, Falcão. O CD tem como ritmos predominantes o R&B e Pop e em algumas faixas, reggae fusion, acid jazz e afrobeat. Encontre na Amazon por R$18,24 .

JARID ARRAES

Jarid Arraes, de 31 anos, é uma escritora, cordelista e poeta brasileira que, desde a infância teve muito contato com a literatura e com a arte. Ela é natural de Juazeiro do Norte, no Ceará, e teve grande influência do seu pai e do seu avó, ambos cordelistas e xilogravadores.

Jarid participou coletivos regionais, como o Pretas Simoa (Grupo de Mulheres Negras do Cariri) e fundou o FEMICA (Feministas do Cariri).

Em uma reunião de cordéis no livro “Heroínas negras brasileiras: em 15 cordéis “, Jarid resgata as memórias e histórias de grandes personalidades negras e fortes como Eva Maria do Bonsucesso, Luisa Mahin, Na Agontimé, Tia Ciata, dentre outras. O livro reúne quinze histórias ilustradas por Gabriela Pires para compartilhar as memórias e a visibilidade das mulheres negras. Encontre na Amazon por R$25,88 .

CAROLINA MARIA DE JESUS

Carolina Maria de Jesus foi uma escritora mineira considerada uma das primeiras autoras negras brasileiras publicadas. Em 1960, seu diário foi publicado como “Quarto de Despejo” que se tornou best-seller e ganhou reconhecimento internacional. A obra virou inspiração para peças teatrais, ilustrações, contos e também composições musicais.

Em seu diário mais tarde publicado como “Quarto de Despejo “, Carolina Maria de Jesus trás à tona a sua triste e cruel realidade como catadora de papel e de como durante muitos anos sobreviveu à condições de extrema pobreza na favela do Canindé, em São Paulo. A obra aborda também a desigualdade de classe, de gênero e de raça e principalmente a resistência quanto a miséria, violência fome. Encontre na Amazon por R$42,00 .

Parcele sua compra em até 10x sem juros no cartão de crédito e receba seu produto sem dores de cabeça. Quer frete grátis e descontos exclusivos na compra de seus produtos favoritos? Assine a Amazon Prime e garanta diversos benefícios disponíveis somente para assinantes.

*Os preços que constam na matéria são datados do dia da publicação e podem sofrer alterações.

Fonte:    purepeople.com.br


Compartilhar
0 0
Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %