Empresário, funcionário e membros de facção são presos por venda de arma e extorsão

Empresário, funcionário e membros de facção são presos por venda de arma e extorsão
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Foi deflagrado nesta terça-feira (11), em Tapurah (433 km a médio-norte), a Operação Hypocrisis para cumprimento de 6 mandados judiciais contra um grupo envolvido em comércio ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, lavagem de capitais e extorsão. Dois foram presos, um em Mato Grosso e outro no Rio de Janeiro.

Conforme a investigação, dois criminosos, líderes de uma facção criminosa que atuam na região do médio-norte, se associaram a um empresário da cidade de Tapurah para atuar com o comércio ilegal de arma de fogo, tráfico ilícito de drogas, lavagem de capitais e extorsão.

O delegado de Tapurah, Guilherme Pompeo, explica que a investigação apurou ainda que o empresário atuou em uma “via de mão dupla”, pois expôs a venda de dezenas de armas para facção e também recebeu ofertas de armas por parte dos líderes para que ficasse encarregado em vendê-las.

Dois mandados de prisão foram cumpridos contra líderes de uma facção que estão presos, um na Penitenciária Central do Estado e outro no estado do Rio de Janeiro.

Taxa de segurança

Além disso, o empresário utilizou a conta de um funcionário, também preso durante a operação, para enviar cerca de R$ 100 mil a líderes da facção criminosa. A investigação comprovou que a maior parte da quantia era recolhida por integrantes faccionados que repassavam os valores no estabelecimento comercial do empresário. Posteriormente, o dinheiro era enviado para uma conta bancária indicada pelos líderes.

O delegado acrescenta que a Polícia Civil representou à Justiça pelo sequestro de valores eventualmente encontrados nas contas dos envolvidos.

A investigação apontou ainda que empresário também era responsável por recolher uma espécie de ‘taxa de segurança’ de outros comerciantes, profissionais liberais e empresários. Ele organizava um cadastro das vítimas da extorsão e alegava que o dinheiro seria destinado a compras de cestas básicas para pessoas carentes. A ‘taxa’ era usada como uma espécie de garantia de que as residências e comércios daqueles que contribuíram, em tese, não seriam alvos de furtos ou roubos.

Durante a operação policial foram apreendidas diversas armas de fogo, como pistolas, revólveres, rifles e centenas de munições. Diante da falta do registro de duas armas, um dos alvos foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Os policiais apreenderam também R$ 3 mil em espécie.

A operação recebe o nome de “hypocrisis” em referência ao vocábulo hipocrisia, que deriva do latim e do grego e significa a representação no teatro. O principal alvo da operação circulava em diversos segmentos da sociedade, como clubes de tiro, igrejas, comércio, se mostrando como uma pessoa pura, mas na verdade estava associado a líderes de facção criminosa.

 

 

 

 

Fonte: www.gazetadigital.com.br


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