Juíz nega soltar membros do CV que deram “salve” em menor

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Magistrado apontou a periculosidade dos criminosos

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, manteve presos integrantes do Comando Vermelho de Nova Mutum. Eles são acusados de integrar uma organização com 24 membros, especializada em roubo de cargas e receptação, além de serem responsáveis por aplicar “salves” na região. Nas justificativas, o magistrado apontou a periculosidade dos criminosos para manter a prisão.

Tiveram a prisão mantida os réus Fabiano Ferreira Lima, Jenilson José da Silva, Yago Malheiros, Genival Francisco Gomes Neto e Wemerson da Cruz Martins. O magistrado agendou para o dia 6 de julho deste ano a audiência de instrução e julgamento, que será feita de forma virtual. Entre os argumentos apontados pela defesa dos suspeitos estava o excesso de prazo para a realização das oitivas.

Na ação, o juiz aponta que no caso, evidencia-se o perigo de se colocar os integrantes da facção em liberdade, em razão da gravidade concreta da atuação dos denunciados que, segundo a denúncia, integraram e contribuíram para o fortalecimento do Comando Vermelho na cidade de Nova Mutum. Eles se dividiam por tarefas, com o objetivo de obter direta ou indiretamente vantagens mediante o tráfico de drogas e demais crimes graves, com emprego de arma de fogo e participação de adolescentes.

Entre os suspeitos está Wemerson da Cruz Martins, o “Muçulmano”. Ele é um dos dez reeducandos que fugiu da cadeia pública de Nova Mutum em janeiro de 2021, sendo recapturado em março daquele mesmo ano, pela Polícia Civil de Alagoas, entre os municípios de Cacimbinhas e Dois Riachos. A fuga, inclusive, é citada na decisão do magistrado.

“Acresça-se a necessidade de aplicação da lei penal em face do denunciado Wemerson da Cruz Martins, uma vez que o Diretor da Cadeia Pública de Nova Mutum, informou que no dia 28 de janeiro 2021 registrou a fuga de dez reeducandos, entre eles, o denunciado Wemerson da Cruz Martins, os quais cavaram um túnel que dava saída para o lado externo e após, empreenderam fuga, sendo que apenas posteriormente foi recapturado. Logo, se encarcerado o réu evadiu-se do sistema prisional, quanto mais solto”, diz a decisão.

A denúncia narra que o grupo teria abordado um adolescente infrator em Nova Mutum, em outubro de 2020, para a aplicação de um “salve”. O jovem teria roubado três telefones celulares e foi punido pelo Comando Vermelho, tendo em vista que a organização criminosa proíbe a prática de roubo de celular. Um cabo de vassoura foi utilizado na sessão de tortura, que foi registrada em vídeo pelos agressores.

 

 

 

 

Fonte: www.folhamax.com


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