A dona do estabelecimento, Samara Rodrigues de Oliveira, conta que tem dificuldade até para lembrar os nomes de todos doadores, pois, felizmente, muitas pessoas ajudaram. “Muitas pessoas passam aqui e não deixam nem nome. Tem muitos parceiros chegando e ajuda a gente”, celebra.
A morada do Residencial Jonas Pinheiro, Leiliane Gisele foi a primeira pessoa a receber a cesta. Com as pernas amputadas por conta da diabetes, ela comemorou a doação dos alimentos. “Hoje em dia eu não trabalho, não falo mais crochê que fazia, hoje vivo de doações”, conta.
Noemia da Silva, 66 anos, acordou por volta das 3h da madrugada. A moradora do bairro Carumbé pegou dois ônibus, mas quando chegou, a fila já estava longa. Segundo ela, chegou ‘tarde’. “Eu não consigo chegar mais cedo por causa do ônibus”, justifica.
Ela mora com quatro netos, ainda não recebe aposentadoria e só conseguiu pegar a cesta básica duas vezes. “É muito concorrido, quando a gente chega para pegar, não tem mais senha”, conta.
Mária José de Campos, 57, anos, também é cadeirante e vem do bairro Nova Conquista. “Desde 2020 eu venho aqui e eles arrumam as coisas para mim. Agora já tem sacolão e vai ajudar bastante a gente que precisa. Esse ano as coisas estão bem difíceis”, lamenta.
“Graças a Deus por esses alimentos no Natal. Que 2020 o Senhor venha dar saúde para todos nós. Primeiramente a saúde, depois os alimentos”, pediu.
A fila ‘quilométrica’ contava com no mínimo 500 pessoas, segundo Samara Rodrigues. A intenção da proprietária e sempre ajudar a todos que procuram e não deixar ninguém voltar sem comida para casa.