MT: ESPERA POR CIRURGIAS: Intervenção diz que 17 mil morreram na fila desde 2014 em Cuiabá

MT:  ESPERA POR CIRURGIAS:   Intervenção diz que 17 mil morreram na fila desde 2014 em Cuiabá
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Relatório de Intervenção foi entregue ao TCE; fila contava com mais de 100 mil a espera de cirurgias

O Gabinete de Intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá apontou que 17.682 pessoas morreram na fila de espera para realizar uma cirurgia no Sistema Único de Saúde (SUS) da Capital.

A informação consta em relatório elaborado pelo gabinete, que tem como chefe a interventora Danielle Carmona, e encaminhado ao conselheiro Sérgio Ricardo, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na última quarta-feira (26).

“A partir do cruzamento de dados entre o Sistema Nacional de Regulação (SISREG) e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), foram identificadas 17.682 pessoas falecidas na fila de espera da regulação”, diz trecho do documento

Anteriormente, o gabinete já havia divulgado que foi constatada uma fila com mais de 110 mil pedidos para realização de cirurgias – de urgência e emergência – com pacientes desde 2014.

O relatório, no entanto, não detalha se as mortes ocorreram pela falta do procedimento médico aguardado ou por outras causas.

Esses dados, segundo a assessoria de imprensa do Gabinete de Intervenção, estão sendo levantados. A assessoria também esclareceu que a equipe está fazendo a checagem de caso por caso e, por isso, o número ainda pode aumentar.

“Higienização da fila”

No levantamento, a intervenção ainda apontou que 15 mil pessoas que constavam na fila inicialmente já realizaram procedimentos cirúrgicos ou apenas não necessitam mais deles.

“Higienização da fila de espera de cirurgias de urgência e emergência, com redução de 15.000 procedimentos”, destaca o documento.

A intervenção

A intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá teve início no dia 15 de março, após a determinação da Justiça de Mato Grosso.

A medida foi solicitada pelo Ministério Público Estadual (MPE), com base em um documento do Sindimed-MT, que apontou o caos na gestão, com fila de milhares de pessoas esperando por cirurgia, falta de médicos, falta de medicamentos básicos, além de suspeitas de esquemas de corrupção.

Conforme a determinação judicial, o gabinete deverá ficar a frente da Saúde por 90 dias.

Leia mais sobre o assunto:

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Metade da população de Cuiabá apoia a intervenção na Saúde

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Fonte:  midianews.com.br


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