Em nível nacional, o PV já fechou chapa com PCdoB e PSB e os partidos nas esferas estaduais e municipais devem seguir essa definição
O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa, principal liderança do Partido Verde (PV) em Mato Grosso, pode deixar a sigla. Ele não concorda com a federação dos partidos, aprovada pelo Congresso Nacional, e chamou o parlamento de “oportunista”.
“Para mim, o Congresso Nacional está sendo oportunista em aprovar isso e sou contra. Cada partido tem que sobreviver por si só, tem que ter liberdade”, afirmou o vice-prefeito, em entrevista nessa segunda-feira (3)
Em nível nacional, o PV já fechou sua chapa com PCdoB e PSB e os partidos nas esferas estaduais e municipais devem seguir essa definição. Para Stopa, há uma divergência de ideologias que pode não ser superada.
“O que estou avaliando aqui, e fico muito triste com isso, é você estar subordinado a partidos que de repente você não tem uma completa afinidade. Inclusive, infelizmente, avalio a possibilidade de me afastar do PV devido à essa nova conjuntura, até porque fizemos o partido crescer muito, fizemos ser um partido forte no estado de Mato Grosso e essa federação faz com que um grande grupo, e eu me incluo nele, faça política sem amor, sem tesão, sem vontade, em virtude da conjuntura nacional”, explicou Stopa.
Questionado se a insatisfação seria a ligação com a esquerda, especialmente por parte do PCdoB, resumiu que o principal motivo seria o trabalho perdido. “O que incomoda é a gente ter que perder todo um trabalho de construção do partido, que demorou anos de sedimentação, de trabalho árduo e ficar à mercê da decisões de outros com os quais você nem tem direito de participação na hora do fechamento.”
Stopa afirma, inclusive, já ter recebido convites de outros partidos e anunciou que na segunda quinzena deve se reunir com os três vereadores do PV, Marcus Brito Jr, Paulo Henrique e Mário Nadaf, para decidir que rumo seguirão.
“Vamos analisar juntos, agora em janeiro. O PV, acima de tudo, é um grupo e vamos avaliar juntos o que fazer num futuro próximo. Até o início da segunda quinzena vamos reunir, avaliar a situação e tomar uma decisão. Ou a gente abraça ou, infelizmente, abre mão do trabalho que foi prestado”, concluiu.
Fonte: reportermt.com