MT Hemocentro atende 677 pacientes com doença falciforme no Estado

MT Hemocentro atende 677 pacientes com doença falciforme no Estado
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Unidade especializada é referência no tratamento da doença pelo SUS em Mato Grosso

A unidade dispõe dos serviços de atendimento ambulatorial multiprofissional com hematologista, cardiologista, ortopedista, nutricionista, enfermeiro, fisioterapeuta e assistente social
O MT Hemocentro, administrado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), é uma unidade de saúde de referência para o atendimento de pacientes com doença falciforme em Mato Grosso. Atualmente, 677 pacientes estão em tratamento no banco de sangue público.

Entre os serviços ofertados pela unidade está o atendimento ambulatorial multiprofissional com hematologista, cardiologista, ortopedista, nutricionista, enfermeiro, fisioterapeuta e assistente social. O banco de sangue ainda dispõe de apoio diagnóstico e terapêutico, aconselhamento genético, exame de dopller transcraniano, ambulatório para transfusão e infusão de medicamentos, além de realizar busca ativa dos pacientes faltosos.

Para a diretora do MT Hemocentro, Gian Carla Zanela, o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, que é celebrado nesta segunda-feira (19.06), é importante para refletir sobre a prevenção e os cuidados necessários com a doença e também celebrar os avanços dos serviços disponibilizados pelo banco de sangue.

“Somos uma unidade de referência em Mato Grosso e ofertamos uma estrutura completa para o tratamento da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes são assistidos adequadamente conforme cada quadro clínico. Oferecemos um atendimento humanizado, que tem como principal característica a promoção do bem-estar do paciente para além do cuidado técnico, pois visamos também o seu emocional e o de seus familiares”, avalia.

O tratamento da doença no MT Hemocentro consiste em consultas regulares com acolhimento e aplicação dos protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, como uso do medicamento quimioterápico hidroxiuréia, doppler transcraniano, encaminhamento para outras especialidades, caso seja necessário, e quelação da sobrecarga de ferro, que ajuda a liberar o excesso de ferro no sangue.

“O tratamento feito corretamente gera impacto positivo na qualidade de vida e na prevenção de sequelas das pessoas com a doença”, diz Gian.

Entre as sequelas da doença estão complicações cardiológicas, renais, osteonecrose (que é a morte de um segmento de osso causada pela perda de suprimento de sangue), anemia crônica, crises de dores associadas ou não a infecções, retardo do crescimento, infecções e infartos pulmonares, acidente vascular cerebral, inflamações e úlceras.

Sobre a doença

A doença falciforme é genética, hereditária e caracterizada por alterações nas hemácias do sangue – os glóbulos vermelhos se tornam rígidos e assumem formato de foice, dificultando a passagem de oxigênio para cérebro, pulmões, rins e outros órgãos. A enfermidade não tem cura e pode provocar o comprometimento das principais funções do organismo, caso o portador não receba a assistência adequada. O diagnóstico é feito na Triagem Neonatal, com o Teste do Pezinho, e pelo exame de eletroforese de hemoglobina.

Entre os sintomas estão crises de dor, síndrome mão-pé, infecções, úlcera de perna, sequestro do sangue no baço, palidez, cansaço fácil e icterícia (coloração amarelada ou alaranjada da pele e do branco dos olhos).

Fernanda Nazário  SES-MT

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